MANAUS – A Fuam (Fundação Alfredo da Mata) promove o Seminário “Cenário Atual da Hanseníase” no próximo dia 24 de janeiro, no auditório Damião Litaiiff, a partir das 9h. O evento faz parte da programação da campanha ‘Janeiro Roxo’, em alusão à Luta Contra a Hanseníase.
O evento gratuito tem como objetivo discutir a situação da Hanseníase e debater estratégias de controle da doença, incluindo o esquema único de multidrogaterapia (MDT-U), proposta em fase de aprovação pelo Ministério da Saúde e que teve a Fuam como uma das instituições participantes do estudo.
“Vamos apresentar a situação epidemiológica da Hanseníase, mostrando dados e como está o combate da doença em nosso Estado, além de debater temas importantes relacionados a esta doença. Dentre eles, a proposta de esquema único de multidrogaterapia, estudo importantíssimo do qual a Fuam foi uma das instituições responsáveis”, explica o diretor presidente da Fundação Alfredo da Matta, Helder Cavalcante.
MDT-U – O estudo, que propõe a adoção de um esquema único de medicação para o tratamento da Hanseníase, foi realizado no Centro de Dermatologia Dona Libânia (Fortaleza/Ceará) e na Fundação Alfredo da Matta, dois centros de referência nacionais no tratamento da doença. A pesquisa é intitulada “Estudo independente para avaliação da eficácia do esquema único de multidrogaterapia para tratar pacientes com Hanseníase (U-MDT/CT-BR)”. O pesquisador responsável pelo estudo é o médico doutor em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília (UnB), Gerson Penna.
Segundo a médica da Fuam, Rossilene Cruz, doutora em Doenças Tropicais e Infecciosas e responsável pela pesquisa no Amazonas, o Ministério da Saúde está avaliando a padronização do tratamento e adoção do esquema único. Atualmente, os pacientes que se submetem ao tratamento para Hanseníase, são medicados num período de seis ou de 12 meses, conforme o tipo da doença – paucibacilares ou multibacilares. O esquema único de multidrogaterapia propõe a administração de medicação num período de seis meses, independente do tipo de Hanseníase, na qual o paciente tomaria uma junção dos três medicamentos: a Rifampicina, a Dapsona e a Clofazimina, sem prejuízo à eficácia do tratamento.
“O esquema único facilitaria o acesso ao tratamento, sem prejuízo à eficácia, facilitando a adesão e o alcance àqueles que moram em localidades mais distantes, pois não há necessidade de classificação clínica e baciloscópica da Hanseníase, simplificando a implementação do tratamento da doença”, explica Rossilene.
Programação/ Seminário
9:00 – Situação Epidemiológica da Hanseníase no Mundo e no Brasil
Helder Cavalcante – Diretor-Presidente
9:20 – Situação Epidemiológica da Hanseníase no Amazonas
Silmara Pennini
9:40 – Laboratório em detecção de Resistência Medicamentosa, Recidiva e Re-infecção
Cynthia de Oliveira Ferreira
10:00 – Perspectiva no Controle da Hanseníase com MDT-U
Rossilene Cruz
10:20 – Estratégias de Controle da Hanseníase: Erros e Acertos
Sinésio Talhari