MANAUS – O horário eleitoral gratuito (que de gratuito não tem nada) termina nesta quinta-feira, 11, sem nenhuma novidade. De fato, os programas eleitorais são sempre muito repetitivos: promessas, promessas, promessas. Em vez de saudade, o eleitor sente certo alívio com o fim da propaganda eleitoral.
Por ter pouquíssimo tempo (cada vez o tempo é mais curto), os candidatos repetem sempre as mesmas promessas em cima dos mesmos temas, sem fazer um diagnóstico dos problemas da cidade e sem apresentar propostas realmente viáveis para resolvê-los.
Em Manaus, não foi diferente de anos anteriores. E, agora, na reta final, o horário eleitoral foi marcado, como sempre ocorre, por ataques de candidatos contra candidatos.
Os candidatos se sentem na obrigação de a cada programa eleitoral apresentar uma promessa. Como são muitos (11 candidatos a prefeito em Manaus), pouca coisa fica na cabeça do eleitor.
Na prática, o horário eleitoral ajuda muito pouco na decisão do eleitorado. Ganham com os programas de TV e rádio aqueles candidatos que conseguem um marketing mais eficiente.
Mas pior do que as campanhas eleitorais para prefeito são as de candidatos a vereador. Chegam à beira do ridículo. As promessas são as mais absurdas, e fogem totalmente às funções desempenhadas pelo Poder Legislativo municipal.
Isso explica, em parte, porque cada vez mais o eleitorado rejeita os programas eleitorais e as campanhas nas redes sociais ganham espaço cada vez mais privilegiado no dia a dia dos eleitores.
Na internet, os vídeos podem ser mais longos, não há limitação de espaço ou tempo, e o eleitor ainda pode interagir com os candidatos ou os responsáveis pelas campanhas.
Será bem melhor quando a internet estiver ao acesso de todos.