Da Redação
MANAUS – A entrega de cartão do Auxílio Estadual permanente gerou longas filas, desorganização e cansaço dos beneficiários no Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, na zona norte de Manaus, na manhã desta quarta-feira.
A reportagem do ATUAL esteve no local e entrevistou cidadãos que começaram a chegar às 6h da manhã e tiveram poucas instruções de como, de fato, receberiam o benefício. Esperando em filas sequenciais, eles passaram a maior parte do tempo sem entender como funcionava a triagem para receber o valor de R$ 150.
Foram nove postos disponibilizados: CECF Magdalena Arce Daou; Escola Estadual Irmã Gabriele; CEC Idoso Aparecida; Centro de Convenções Vasco Vasques; Centro Cultural Povos da Amazônia; Centro de Artes Aníbal Beça; E.E. Padre Luiz Ruas; CECF Padre Pedro Vignola; CECF Teonízia Lobo/Mutirão.
O auxílio será concedido a 300 mil famílias, 158 mil em Manaus. A expectativa é de que nesta manhã sejam entregues 2,7 mil cartões e até o dia 25 de novembro 40 mil. A ajuda é aprovada pelos beneficiários, mas criticaram a falta de organização.
A trabalhadora doméstica Aldeci Montenegro, 50 anos, mora no Monte Pascoal, na zona norte, e chegou no Centro de Convivência às 6h da manhã. Ela percorreu um caminho de 40 minutos de ônibus e faltou ao emprego para pegar o cartão. Quando foi entrevistada, ela estava há duas horas na fila. Aldeci tem três filhos, um deles é uma criança de seis anos.
“Não tá organizado, tá muito bagunçado, estamos há um tempão aqui, tô vendo pessoas que não estão trabalhando. Até agora não explicaram nada, trabalho em casa de família e faltei hoje para vir aqui”, disse.
O autônomo Otoniel dos Santos Costa estava na fila, mas não sabia exatamente o porquê. “Tá uma desorganização horrível, em outro local minha cunhada foi receber e às 7h30 ela recebeu o cartão. E aqui por que tá isso?”, questionou.
‘Não estou entendendo’
Sem saber como voltaria para casa, a artesã Adrielma dos Santos também saiu antes das 6h para conseguir chegar ao local. Saiu de lá com o cartão em mãos. “Eu achei que era por ordem de chegada, mas estão chamando por nome, eu só fui atendida agora às 9h. Não fizeram triagem comigo. Só colocaram a gente aqui. Tá bagunçado. Minha colega foi chamada antes de mim mas só foi atendida depois. Eu não tô entendendo”, disse.
Servidores da Sejusc (Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania) estavam sentados em mesas para receber a população. Eles estavam com listas de nomes e as pessoas eram chamadas por ordem alfabética. “Além de passar pela triagem, conferimos se o nome da pessoa consta na lista, se estiver na lista a pessoa já sai daqui com o cartão”, disse uma servidora.
As entregas são são das 8h às 17h, de segunda a sábado e feriados.
Veja como foi na reportagem do ATUAL:
Colaboraram Alessandra Taveira e Murilo Rodrigues