
Do ATUAL
MANAUS – Suspenso em 2024 por falta de recursos públicos, o Festival Amazonas de Ópera será retomado este ano. Os espetáculos ocorrem entre os dias 15 de abril e 18 de maio, com apresentações no Teatro Amazonas e no Centro Cultural Palácio da Justiça. Decreto de redução de gastos do governo do Estado cancelou o evento, pois a Secretaria de Cultura não conseguiu patrocínios.
Este ano, o FAO terá recursos obtidos pela Lei Rouanet, patrocínio do Bradesco e apoio da Innova e Swarovski. A programação da 26ª edição reúne três óperas, três concertos e dois recitais que serão utilizados em projeto de cooperação internacional para criar o “Corredor Criativo da Amazônia”.
A iniciativa envolverá instituições culturais do Brasil, Colômbia, Portugal e a Áustria para promover o FAO internacionalmente e inserir o festival e a cultura na agenda ambiental sustentável da Amazônia.
Os ingressos para os espetáculos estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e no site shopingressos.com.br. A programação inclui uma versão em concerto de La Bohème (Puccini), As Bodas de Fígaro (Mozart) e apresentações como o concerto lírico Oca à la Rossini e os recitais Belcanto e Canções Brasileiras.
A abertura será no dia 15 de abril, às 19h, com “La Vorágine”, uma ópera contemporânea baseada em um romance histórico colombiano, ambientado no ciclo da borracha. Os personagens saem da Colômbia com destino à capital amazonense, que vivia seu apogeu econômico devido à exploração do látex. A obra é uma coprodução Brasil–Colômbia e simboliza a entrada oficial do país vizinho no “Corredor Criativo da Amazônia”.
Oitenta por cento dos artistas e técnicos envolvidos em todo o Festival de Ópera são de Manaus e trabalham na montagem da estrutura dos espetáculos e dos figurinos há 15 dias. Os ensaios em conjunto de parte dos artistas que vão se apresentar também começaram no Teatro Amazonas e no Palácio da Justiça.
A proposta do “Corredor Criativo da Amazônia” será lançada no dia 16 de abril. O objetivo é arrecadar recursos internacionais para fomentar ações estruturantes e de colaboração regional. Com relação especificamente ao FAO, “a ideia é fazer o festival funcionar na primeira metade do ano e, no segundo semestre, o trabalho ficará centrado na formação da mão de obra local, parcerias técnicas e ações com educação para escolas e instituições públicas do Amazonas. Por isso, vamos buscar linhas de financiamento para a cultura e meio ambiente objetivando beneficiar as cidades da região amazônica”, disse Flávia Furtado, diretora-executiva do Festival Amazonas de Ópera.
Em conjunto com essa iniciativa, será lançado o Prêmio Carlos Gomes dentro do Concurso de canto de Cascais. A premiação é parte de uma estratégia de divulgação do Festival Amazonas de Ópera na comunidade europeia. Dando visibilidade não apenas ao FAO, mas ao Brasil e nossa história importante com o gênero operístico.
Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Tetro Amazonas, localizado na praça São Sebastião, Centro, ou pelo site shopingressos.com.br. A programação e bastidores do evento podem ser conferidos no perfil oficial do Festival no Instagram, pelo @festivalamazonasdeopera.
De acordo com a organização do Festival Amazonas de Ópera, 280 pessoas estão engajadas diretamente na produção do evento – entre técnicos, solistas, coro e orquestra. A direção artística é do maestro Luiz Fernando Malheiro. Criado em 1997, o Festival Amazonas de Ópera também movimenta a economia com hospedagens e restaurantes.