Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Apresentado no ex-governo de Michel Temer, projetos de criação de novas universidades no Amazonas não foram incluídos no Orçamento da União para este ano, segundo o deputado federal Pablo Oliva (PSL). Segundo ele, o pedido para a Câmara dos Deputados retirar as mensagens da pauta, feito pelo presidente Jair Bolsonaro, “não é uma maneira de dizer que não vai acontecer”, mas que vai analisar o projeto antes de ser votado.
“O que acontece é que a criação dessas universidades foi feita no final do ano passado. Não houve previsão orçamentária para isso. O governo federal vai parar para analisar como executar essas demandas. A intenção do governo é sim ampliar a educação em todo o Brasil, inclusive no interior do Amazonas, onde é mais necessário se estender a educação”, disse Pablo Oliva.
Para o deputado federal José Ricardo (PT), a bancada amazonense deve insistir pela criação das novas universidades e o governo tem meios para garantir essa ampliação. “Acho que tem que ter um processo de criação que pode ser a partir da estrutura já existente de uma parte da própria Universidade Federal do Amazonas. Mas nós temos que insistir”, disse. “O investimento em educação de nível superior do nosso estado vai ajudar para trabalhar o desenvolvimento, o futuro melhor para o nosso estado. Mesmo com essa conversa de dizer que não tem recurso. Nós temos que insistir, o governo tem meios de garantir a ampliação de recursos para área da educação”, afirmou.
O também deputado federal Bosco Saraiva (Solidariedade) disse que “lamenta demais essa retirada de pauta” e que a educação é o caminho e a salvação de todos”. “Lamento muito. Todos os países que evoluíram no mundo foi a partir da educação. E o polo federal no alto Solimões e no baixo amazonas sem dúvida representaria muito para as futuras gerações nas suas formações superiores. Lamento que essa tenha sido uma decisão do presidente da República”, disse.
O prefeito de Autazes e presidente da AAM (Associação Amazonense de Municípios), Andresson Cavalcante (Pros), afirmou que vê a decisão com “muita preocupação” e disse que a associação vai se posicionar contra. Andresson também afirmou que o Governo Federal alega “falta de recursos” e que a AAM vai apresentar alternativas assegurar a manutenção do projeto.
“Não tenha dúvida que a associação vai se posicionar. Vai acionar a Confederação Nacional dos Municípios para que a gente possa ter esse direito do povo amazonense assegurado e para que o presidente Bolsonaro possa repensar”, disse Andresson Cavalcante.
O senador Omar Aziz (PSD), que é presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), disse que ainda não teve acesso a justificativa do governo federal, mas que “como foi mandado pelo governo anterior já no final do ano, talvez seja melhor parar para analisar” o projeto. Segundo o senador, a decisão pode ser revertida e o Senado vai discutir o assunto.
(Colaborou Patrick Motta)