MANAUS – O procurador-geral de Justiça, Fábio Braga Monteiro, foi vítima dele próprio na eleição do TJAM (Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas). Desde a eleição anterior, no MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) ele tentou vender à mídia a ilusão de que era favoritíssimo à 22ª vaga de desembargador. Os veículos mais alinhados com ele chegaram a fazer prognósticos de uma votação acachapante, o que não se confirmou nas urnas, apesar de Fabinho, como é conhecido entre os colegas, ter ficado no topo da lista sêxtupla formada a partir do voto de promotores e procuradores. Fábio Monteiro estava tão confiante de que seria o primeiro da lista na eleição do TJAM que deixou transparecer demais que os desembargadores teriam que votar nele por ser o preferido do governador. Foi aí que a porca torceu o rabo: os desembargadores se irritaram e chegaram a comentar que antes da eleição ele já queria mandar no tribunal. Decidiram, então, à unanimidade, votar em outros candidatos e deixaram o procurador-geral em situação humilhante: nenhum voto, para surpresa e decepção de Fábio Monteiro.