Na entrevista coletiva da Operação Alcateia, que prendeu 12 policiais militares, entre eles um tenente, que praticavam homicídios na capital, um jornalista questionou as autoridades se poderia-se considerar que havia um grupo de extermínio na Polícia Militar. O corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública, Leandro Almada, deu uma resposta dúbia: disse que não, mas no fim, disse que há um grupo organizado que “tem se dedicado reiteradamente à prática de extermínio”. O secretário da SSP, Sérgio Fontes, foi mais enfático e disse que não existe um grupo de extermínio, mas o argumento foi pouco convincente: “Os 12 não atuavam juntos”. A resposta de fontes ocorreu em três momentos distintos. Veja as respostas.
Resposta de Leandro Almada: “Não é que haja um grupo de extermínio da polícia, obviamente, não é institucionalizado. O que há é um grupo de servidores, e isso nós identificamos, o grupo, não todos os que foram presos hoje. Existem ali, vocês vão ver no decorrer da semana, casos, alguns pontuais, de dois ou três crimes, às vezes em um só, mas um grupo bem maior e quase a totalidade dos que foram presos hoje que realmente são um grupo organizado, né, criminoso organizado, e que tem reiteradamente se dedicado à prática de extermínio na capital do Amazonas”
Resposta de Sérgio Fontes: “Eu acho que o que vocês querem saber é se os 12 atuavam juntos. Não atuavam. Eram três, quatro. (…) Gostaríamos de ressaltar essa questão da não unidade. Não tem um grupo assim, os 12, e tem um líder que manda e comanda, não. Infelizmente, como o doutor Leandro falou, pessoas que ingressaram na força e se aproveitaram do cargo pra abusar dele. (…) Eu não tenho nenhuma dúvida em dizer isso: Não existe nenhuma organização criminosa atuado dentro da instituição policial. Existem, sim, criminosos que cometeram crimes, vão responder e vão ter o direito de se defender”.