MANAUS – Depois de analisar o vídeo encaminhado pela Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas), dirigentes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Amazonas e a Procuradoria de Defesa das Prerrogativas dos Advogados da OAB-AM concluíram que a Umanizzare não prova a acusação que fez contra a advogada Camilia Uiara Vieiralves. No dia 24 de janeiro, ela e a advogada Erica Oliveira Gomes ficaram detidas no presídio desde 15h até 19h. De acordo com a empresa que administra a unidade, Camila repassou ao detento Josias Silva de Souza, condenado por roubo, R$ 300 em espécie, o que fere as regras do presídio.
A advogada negou que tivesse repassado o dinheiro e disse que foi o presidiário quem quem tentou lhe repassar os R$ 300, mas ela se recusou a receber. Ainda segundo ela, o dinheiro era para que a advogada solicitasse a transferência de Josias para um presídio do interior do Estado.
O presidente da Procuradoria Regional de Defesa das Prerrogativas dos Advogados da OAB do Amazonas, Alan Johnny Feitosa da Fonseca, disse o vídeo entregue pela Seap desmente a versão da Umanizzare.
O vídeo não mostra a advogada com o preso e nem o momento que ela teria repassado o dinheiro, como sustentou a empresa. Enviado ao ATUAL em quatro partes, na primeira, as duas advogadas aparecem saindo do local onde supostamente atenderam ao detento. Elas saem do local e o preso é revistado pelos agentes de portaria. Nesse momento, os agentes retém o detento e mandam chamar as advogadas.
Na sequência, o que o vídeo mostra (não há áudio) é uma série de discussões entre as advogadas e os agentes de portaria e outros servidores da Umanizzare. A advogada Camila Uiare aparece nas imagens de calças pretas e blusa clara.