Da Redação
MANAUS – Ex-servidores temporários da Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) se queixaram que não conseguiram obter o auxílio emergencial de R$ 600 porque ainda aparecem no sistema do governo federal com o contrato ativo. A Susam pediu ajuda da DPE (Defensoria Pública do Estado) para resolver o problema dos ex-funcionários. A ideia é entrar com ação coletiva na Justiça.
“Recebemos muitas queixas, inclusive por meio de denúncias na imprensa contra a secretaria, mas, nesse caso, ao analisarmos a causa raiz do problema, descobrimos que não foi gerado por nós, e sim porque o banco de dados que o Governo Federal está usando está desatualizado. Por isso, eles estão aparecendo como se estivessem trabalhando”, disse a secretária de Saúde Simone Papaiz.
Mesmo exoneradas em 2019, algumas pessoas que se inscreveram para obter o benefício não conseguiram se cadastrar porque ainda aparecem vinculadas à Secretaria em uma das bases de dados que está sendo usada pelo programa, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
É o caso de Francisca Oliveira, de 53 anos, que foi desligada em junho de 2019, mas teve o cadastro negado no sistema do Auxílio Emergencial e agora vê na ação da secretaria a possibilidade de solução.
De acordo com Simone Papaiz, a situação não é exclusiva do Amazonas. “Isso está acontecendo no Brasil inteiro. Identificamos a causa dos problemas e queremos ajudar a resolver, porque estamos falando de pessoas que serviram à saúde do Amazonas e agora estão precisando de ajuda”, disse.
A Susam também busca solução para o pagamento das indenizações dos servidores do Regime Temporário. “Pedimos um levantamento para ver quantas pessoas estão nessa situação e, a partir de então, buscarmos uma programação de pagamentos”, disse Simone Papaiz.