MANAUS – O escândalo da Petrobras, considerado o maior esquema de corrupção da história da República, dificulta a permanência do PMDB no comando do Ministério de Minas e Energia. O partido definiu que o cargo de ministro no novo governo seria do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), em substituição ao atual ministro Edison Lobão (PMDB-MA), mas no Planalto, a tendência é que a presidente Dilma Rousseff mude o comando da pasta, tirando-a do PMDB e colocando alguém de sua inteira confiança no cargo.
Nesta quarta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo informa que o Senado fez uma espécie de acordo de bastidores para aguardar a decisão de Dilma sobre a ocupação na Esplanada dos Ministérios. “Para cada pasta, haverá um senador candidato. Por exemplo: se a presidente decidir manter o Ministério de Minas e Energia com o partido – o que será difícil, pois ela pretende fazer mudanças no setor -, o nome a ser indicado será o do líder do governo, Eduardo Braga (AM). Se for a Integração, Eunício é o indicado”, diz a reportagem do matutino.
Ontem, o mesmo Estadão publicou reportagem informando que a presidente Dilma tem dois nomes cotados para ocupara a cadeira de Edison Lobão: o seu chefe de gabinete, Giles Azevedo, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Azevedo, inclusive, está afastado do cargo desde julho, para a campanha eleitoral de Dilma.
O nome de Giles Azevedo também foi cogitado pelo jornal O Globo, no dia 18 deste mês. Segundo a publicação, Dilma estaria disposta a tirar o Ministério de Minas e Energia do PMDB diante do aprofundamento das investigações do esquema de corrupção na Petrobras. O mais cotado, segundo O Globo, é Giles Azevedo, geógrafo que já foi secretário de Minas e Metalurgia quando Dilma era ministra de Minas e Energia.
O Globo também diz que, devido a devassa que está sendo feito pela Polícia Federal e pela Justiça na Petrobras, a pasta de Minas e Energia é considerada pelos caciques do PMDB como “um pepino”, razão pela qual não fariam questão de permanecer no comando dela.