Do ATUAL
MANAUS – Entidades da sociedade civil lançaram manifesto contra o corte de gastos na saúde, educação e benefícios sociais no governo Lula, que sofre pressão de bancos e outras empresas financeiras para reduzir despesas em áreas básicas e de distribuição de renda.
Assinam o manifesto lideranças sindicais, acadêmicos, líderes políticos de esquerda, religiosos e cidadãos comuns. Os cortes nas despesas constam em projeto elaborado pelo governo para ajustes no Orçamento 2025.
O manifesto tem o título de “Mercado financeiro e mídia não podem ditar as regras para o país”. A pressão por corte de gastos surgiu quando o presidente Lula passou a defender a cobrança de impostos sobre grandes fortunas.
“No momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar”, diz trecho da carta.
O manifesto crítica pressões que vão contra o reajuste real (acima da inflação) do salário mínimo, a vinculação do valor às aposentadorias e ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), o seguro-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS e os pisos constitucionais da saúde e da educação.
“Chega de hipocrisia e de chantagem! Cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só vai levar o País de volta a um passado de exclusão e injustiça que os movimentos sociais e o povo lutam há tempos, todos os dias, para transformar numa sociedade melhor e mais justa”, diz o texto.
Confira o manifesto na íntegra.