Da Redação
MANAUS – Os manauaras poderão apresentar propostas e ideias para projetos de políticas públicas em Manaus por aplicativo. A iniciativa é do Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus), entidade privada formada por representantes da sociedade civil.
Com as sugestões, o Codese pretende elaborar a ‘Carta de Navegação 2021-2024’, documento com projetos para os próximos quatro anos. A entidade trabalha com três pilares: implantar e consolidar novas matrizes econômicas a partir de produtos essencialmente regionais que respondam por pelo menos dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) da capital; situar a cidade entre as 10 melhores do Brasil para se viver e, ainda, colocar Manaus entre as 20 melhores cidades para se fazer negócios no país.
“Esse trabalho é feito por várias frentes. Cada frente dessa vai estudar todos os segmentos da sociedade civil de uma maneira geral. Desde os povos indígenas a outras culturas, separados por renda, por atividade, na área acadêmica as universidades, no segmento produtivo, poder Judiciário, poder Legislativo, toda a sociedade será consultada. Essa pluralização irá conferir ao trabalho uma representatividade da sociedade civil organizada”, explicou Romero Reis, presidente do Codese e pré-candidato a prefeito de Manaus.
“Devemos encerrar o trabalho até o mês de julho porque agosto começam as campanhas. Devemos apresentar aos candidatos a Carta, receber deles a devolutiva em forma de debate com a participação das entidades do Codese com a possibilidade de inserção das propostas no plano de governo do candidato a prefeito. O candidato deverá assinar um termo de compromisso, reconhecido em cartório, de que se eleito for cumprirá as propostas. O Codese irá monitorar essa operacionalização ao longo do mandato”, disse a arquiteta e urbanista Silmara Silveira.
O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ataliba David Antônio e o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM), Jean Faria, lembraram do esvaziamento e abandono do centro da cidade, assim como as consequências para o comércio que vem amargando perdas sucessivas no número de clientes e negócios fechados.
“O Cau realizará um evento em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que se mostrou interessado em flexibilizar regras para evitar o esvaziamento maior que existe no local. O centro da cidade só vai funcionar quanto tiver os três eixos: serviço, comércio e moradia. Quando há moradia, há pessoas circulando, aumentando o nível de segurança”, disse Jean Faria.