Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – A defasagem nos valores que estão na tabela de preços do governo federal em relação aos de mercado para compra de pedras britas, seixos, cimento, areia e asfalto, materiais básicos para obras de recuperação das ruas do Distrito Industrial de Manaus, afastou as empresas de construção da concorrência pública. Ninguém se interessou pela licitação.
O motivo foi revelado pelo vereador Chico Preto após reunião com o secretário municipal de Infraestrutura, Kelton Kellyo de Aguiar. “O Distrito está em uma situação terrível, com vários buracos e má conservação. Isso causa um prejuízo não apenas para quem mora na cidade, mas também passa a ser um problema grave, já que o Distrito é nossa principal economia, é a nossa força econômica. É preciso que as ruas do Distritos estejam bem conservadas”, disse o vereador.
Chico Preto lembrou que no final do ano de 2016 a prefeitura anunciou uma parceria com o governo Ffederal de R$ 150 milhões para realizar obras nas ruas do Distrito, mas, segundo o parlamentar, passaram-se dois anos e nenhuma obra começou. “Na reunião com o secretário, eu tive informações que não são legais. A prefeitura concluiu o projeto, mandou o projeto para a Comissão de Licitação, que foi feita, mas nenhuma empresa se interessou em realizar a obra”, disse o vereador.
Segundo Chico Preto, as empresas que compraram o edital, ao contabilizarem o custo-benefício perceberam que não teriam lucro. “Nenhuma empresa se habilitou, e não tem ninguém para fazer os serviços e estamos diante desse impasse”, disse o parlamentar.
Chico Preto disse que é preciso que a Prefeitura, Suframa, Ministério das Cidades ou TCU (Tribunal de Contas da União), tenham um entendimento para que a obra saia do papel. Conforme o vereador, fazer uma obra em Manaus não é a mesma coisa que comprar material em qualquer cidade do Brasil. “É preciso que haja uma providência por parte da Prefeitura e da Suframa. Essas obras são fundamentais para o desenvolvimento econômico do Estado”, disse Chico Preto.