Da Redação
MANAUS – Rodoviários das empresas Global Green, Açaí, Eucatur e São Pedro começaram a recolher os ônibus para as garagens na tarde desta quinta-feira, 20, em protesto ao atraso no pagamento do 13° salário e benefícios da categoria. De acordo com a assessoria de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, o empresários haviam prometido fazer o pagamento nesta quinta-feira, mas não cumpriram com o acordo.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou, durante entrevista coletiva na Casa Militar, que não há motivos para uma nova greve dos rodoviários. Segundo ele, para que fosse legal, a paralisação deveria ser autorizada pela Justiça do Trabalho.
“Eu vejo que tem que sentar e conversar e esgotar as possibilidades de negociação. Greve de serviço essencial tem que ser autorizada pela Justiça do Trabalho, tem que estabelecer quantos ônibus funcionam, quantos ônibus não funcionam. Não é assim ‘o fulaninho’ querer parar porque naquele dia não acordou bem, e vai e para”, disse o prefeito.
Arthur Virgílio Neto também informou que a Prefeitura de Manaus já acionou preventivamente a Justiça do Trabalho. “Há regras para os serviços essenciais e essas regras têm que ser exigidas por mim, como prefeito. Nós já fomos preventivamente ao Tribunal do trabalho para nos precavermos contra essa hipótese de mais uma greve, que seria uma greve absurda e como toda greve do transporte coletivo, uma greve contra o povo de Manaus”, afirmou.
Procurado pela reportagem, o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) informou não foi notificado sobre a paralisação e que está “mantendo diálogo com o Sindicato dos Rodoviários para que o funcionamento do transporte coletivo volte ao normal”.