Da Redação
MANAUS – Seis empresas citadas por enfermeiros, técnicos de enfermagem e maqueiros do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto em protesto por atraso de salários na manhã desta sexta-feira, 13, receberam de janeiro a agosto deste ano R$ 28 milhões da Susam (Secretaria de Estado de Saúde), segundo o Portal da Transparência. O Governo do Amazonas tem empenhado para essas empresas o montante de R$ 40,7 milhões.
A Segeam, que presta serviços de enfermagem em maternidades, recebeu R$ 12,9 milhões do Governo do Amazonas nos últimos oito meses e tem empenhado R$ 16,4 milhões. Segundo a presidente do Sindpriv (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Amazonas), Graciete Mouzinho, os funcionários da empresa estão há seis meses sem receber salários.
Ainda de acordo com a Transparência do Amazonas, a CC Batista recebeu R$ 5,6 milhões; a Manaós Serviço de Saúde, R$ 4,1 milhões; a Nurses Serviço de Saúde da Amazônia, R$ 2,5 milhões; a Sismed Serviços Médicos, R$ 1,1 milhão; e a Coopeam (Cooperativa de Enfermeiros do Amazonas), R$ 195,8 mil. A empresa CC Batista tem empenhado R$ 5,6 milhões; a Manaós, R$ 5,4 milhões; a Nurses, R$ 2,7 milhões; a Coopeam, R$ 1,6 milhão, e a Sismed, R$ 1,2 milhão.
No protesto, o grupo de enfermeiros, técnicos de enfermagem e maqueiros bloqueou trecho da Avenida Mário piranga a cada dois minutos e mostrou cartazes direcionados ao governador Wilson Lima (PSC). No local, policiais militares e agentes do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) acompanharam a movimentação. O trânsito na Avenida Mário Ypiranga ficou congestionado.
Graciete Mouzinho afirmou que os trabalhadores não fazem protesto em frente as empresas “porque os donos nunca estão lá”. “Não tem como a gente ir para a frente da empresa porque a gente não vai falar com ninguém. Além disso, o repasse é feito pela Susam. Eles dizem que a empresa tinha a obrigação de nos pagar. Aí eu faço a pergunta: por que aceitou a empresa sem ter dinheiro?”, afirmou Mouzinho.