Da Redação
MANAUS – Empresários do comércio em Manaus consideram que a burocracia pública dificultou a manutenção da atividade durante o período de restrição causado pela pandemia do novo coronavírus. Leis demais para regular o setor contribuíram para os prejuízos com o fechamento das lojas no período de agravamento do contágio.
A proposta das entidades representativas dos comerciantes é que parte dessa legislação seja revogada.
“É uma rede muito complexa. São tantas leis que acabam escapando ao controle”, diz o presidente da Fecomercio Aderson Frota. “Por enquanto, estamos na fase de levantamento, de estudos. Tivemos uma reunião que serviu para criarmos um vínculo importante com o Poder Legislativo para que conheçam a realidade e as dificuldades vividas pelo comércio”.
Aderson Frota se referiu a encontro com vereadores da Frenpre (Frente Parlamentar de Recuperação Econômica aos Impactos Causados pela Pandemia da Covid-19) da Câmara Municipal de Manaus, que cogita revogar leis que, segundo o grupo de vereadores, atrapalham o funcionamento do comércio.
O presidente da Fecomércio cita que são inúmeras as taxas, alvarás e licenciamentos exigidos para o funcionamento dos estabelecimentos. “É necessário reduzir a burocracia e racionalizar o processo para que se possa melhorar o investimento, aumentando o volume de novos postos de trabalho”, propõe.
O empresário diz que o setor comercial foi a parte econômica mais atingida pelos efeitos da pandemia. Ele citou que o comércio ficou de portas fechadas por seis meses e que essa situação criou uma série de dificuldades, com crescimento de registros de falências e empregos perdidos.
Foram dois períodos alternados sem abrir as portas: de março a maio de 2020 e de 26 de dezembro de 2020 a 9 de março de 2021.
“A suspensão da atividade comercial devido à pandemia faliu empresas e muitas ainda vivem adversidades. Nesse cenário, a parceria com a Câmara será muito produtiva, pois, juntos, vamos construir soluções”, disse.
Segundo o dirigente, a revogação de leis sem efeito positivo e a desburocratização nos processos legais são importantes para a que o “comércio de bens, serviços e turismo tenham melhores condições de recomeçar no cenário econômico do pós-pandemia da Covid-19”.