Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – O Amazonas registrou 34 novos casos de Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, entre os dias 10 e 17 de setembro, conforme dados da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde). Até o momento, de 182 notificações da doença, 71 foram confirmadas, 79 foram descartadas e 32 ainda estão sob investigação.
Em uma semana, o estado registrou a metade do total de casos confirmados até o momento. Na sexta-feira (16), foram oito novos casos, mesmo número registrado no dia anterior. Na quarta-feira (14), uma pessoa foi diagnosticada com a doença; na terça-feira (13), seis pacientes; e na segunda-feira (12), oito. No dia 10, foram três registros.
Os oito casos confirmados na última sexta-feira são sete homens e uma mulher, com idades entre 20 e 44 anos. Eles começaram a sentir os sintomas da doença no período de 1 a 9 deste mês, sendo os principais a febre, dor de cabeça, bolhas na pele, dor muscular, tosse, fraqueza e inchaço do pênis.
De acordo com a fundação, os casos foram notificados entre os dias 2 e 13 de setembro. Apenas um paciente necessitou de hospitalização para tratamento de dores devido às lesões. As oito pessoas seguem estáveis, em isolamento domiciliar, sendo acompanhadas pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) Manaus.
Dos 71 casos confirmados até o momento, 68 (96%) são do sexo masculino e 3 (4%) do sexo feminino. Os especialistas observaram que 65% dos casos confirmados tiveram contato íntimo, incluindo sexual, com desconhecido/a(s) e ou parceiro/a(s) casual(is) ou múltiplas, nos últimos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Transmissão
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da monkeypox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
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Evitar o contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas é uma das recomendações da FVS para se prevenir da doença, assim como evitar beijar, abraçar, ou fazer sexo com alguém com Monkeypox. No caso de sintomas da doença, deve-se avisar as pessoas com quem se teve relação sexual nos últimos 21 dias.
A FVS também orienta que as pessoas diagnosticadas com Monkeypox devem utilizar máscara e roupas cobrindo as lesões; higienizar as mãos frequentemente; não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, roupas ou roupas de cama; e buscar um serviço de saúde nos casos de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas.
O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde da atenção primária, indicando-se internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade. Os sinais e sintomas incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, malestar, fadiga, lesões maculopapulares na pele e linfadenopatia.
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