Da Redação
MANAUS – Indígenas do Amazonas defendem o “direito de existir”. A propriedade da terra, autodeterminação e acesso aio trabalho também estão entre as reivindicações apresentadas no 1º Seminário Regional sobre o Trabalho Indígena no Amazonas e Roraima.
O evento, promovido pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, ocorreu em Presidente Figueiredo (a 126 quilômetros de Manaus). Participaram indígenas das etnias Baré, Witôto e Munduruku.
“Infelizmente, ainda vemos um apagamento da história e da cultura dos povos indígenas no Brasil. Não temos voz e precisamos ser ouvidos. Deveríamos estar em todos os espaços de discussão. Nós lutamos diariamente pelo direito de existir”, disse Vanda Ortega, da etnia Witôto.
Ela é técnica de enfermagem e foi a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Amazonas em janeiro de 2021. Vanda Ortega cursa pedagogia na UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e defende que a melhor ferramenta na luta pelos direitos dos índios é a educação.
“Dizem que índio que toma coca cola e usa celular não é mais índio. Isto é um absurdo! Querem diminuir e acabar com os direitos dos poucos índios que ainda existem no Brasil. A sociedade deve conhecer, se envolver e se juntar na luta pela garantia dos direitos dos povos indígenas”, disse o procurador federal Bianor Saraiva Nogueira Júnior, da Procuradoria Geral Federal.
Os debates estão disponíveis no YouTube. Confira AQUI.