Da Redação
MANAUS – O presidente da FAS (Fundação Amazônia Sustentável), Virgílio Viana, rebateu matéria publicada pelo ATUAL sobre empresa da ex-esposa. Viana afirma não ter tido nenhuma relação societária na companhia e que não é investigado pelos órgãos de controle.
Confira o direito de resposta na íntegra.
DIREITO DE RESPOSTA
Sobre a matéria veiculada no site AMAZONAS ATUAL neste domingo, 5 de maio de 2019, com o título “Sócia da empresa denunciada pelo MPF por crime ambiental é ex-mulher de Virgílio Viana”, eu, Virgílio Viana, no uso dos mecanismos legais de direito de resposta, venho a público manifestar minha profunda indignação pela maneira irresponsável que a publicação tenta associar a minha imagem, honra, dignidade e reputação a temas com os quais não tenho nenhuma relação.
Eu não sou denunciado, investigado, nem sequer citado em qualquer inquérito ou diligência proferidos pelo Ministério Público Federal (MPF), neste caso ou em nenhum outro. As informações contidas e publicadas na reportagem tentam, levianamente, associar a minha imagem a um caso envolvendo a empresa da qual a minha ex-esposa foi sócia, cujas atividades nunca tive qualquer relação.
Eu não tenho nenhuma relação pecuniária e nem filhos com minha ex-esposa. Também não tenho e nunca tive qualquer participação societária e nem profissional à empresa a que se refere a publicação do site AMAZONAS ATUAL.
Reafirmo também que não há, no inquérito do MPF, qualquer associação à minha pessoa, ao meu nome ou ao trabalho que desenvolvo, ao longo de mais de 30 anos, em defesa das causas socioambientais. Eu nunca tive, sequer, qualquer acusação formal sobre os trabalhos desenvolvidos por mim.
Do período em que eu fiquei à frente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, todas as prestações de contas referentes à minha gestão foram aprovadas sem ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).
Do trabalho desenvolvido à frente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), todas as demonstrações financeiras da organização foram aprovadas sem ressalvas pelas auditorias independentes da PwC, uma das maiores prestadoras de auditoria do mundo. As demonstrações financeiras da FAS também foram aprovadas, sem nenhuma ressalva, pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM)
Ao contrário, o trabalho desenvolvido por mim à frente da Fundação Amazonas Sustentável, uma organização sem fins lucrativos, tem sido reconhecido e premiado nacional e internacionalmente por promover ações de desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e melhoria de qualidade de vida de populações que vivem na floresta amazônica.
Como comprovação, tem diminuído ao longo dos anos os índices de desmatamento nas 16 Unidades de Conservação (UC) onde a FAS atua. Entre 2015 e 2017, o desmatamento foi 17% menor nessas áreas onde os programas e projetos da FAS são desenvolvidos. Em comparação, nas UCs onde não há atuação da FAS o desmatamento foi no sentido contrário: aumento de 75%, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no mesmo período.
Além disso, as ações desenvolvidas pela FAS nas Unidades de Conservação (UC) beneficiam 9.598 famílias situadas em 581 comunidades numa área total de 10,9 milhões hectares de floresta.
Eu condeno qualquer tipo de atividade que contribua direta ou indiretamente para o desmatamento ilegal na Amazônia, o comércio ilegal de madeira ou a exploração criminosa das riquezas da floresta, o que impacta negativamente a vida das populações e da fauna que habita a região. Reforço, inclusive, o meu total apoio às ações em defesa do meio ambiente e da Amazônia desenvolvidas pelos órgãos competentes, como o Ministério Público Federal (MPF).
Por fim, se torna lamentável a tentativa do site AMAZONAS ATUAL em querer afetar a minha imagem, honra, dignidade e reputação de forma tão irresponsável e leviana, faltando com a verdade e deixando de exercer o bom jornalismo e os princípios mais elementares da ética, tendo, inclusive, não me procurado como fonte de informação. As reparações pelos danos morais causados serão providenciadas na Justiça.
Atenciosamente
Virgílio Viana