Do ATUAL
MANAUS – Marcada para o dia 3 de setembro, a eleição do novo presidente do Boi Caprichoso tem acusações de favorecimento. Uma das chapas foi rejeitada e alega ter sido impedida de entregar documentação. A comissão eleitoral da agremiação nega: “Não houve impedimento de inscrição de chapas”, diz nota divulgada nesta terça-feira (22).
Na segunda-feira (21), a comissão eleitoral rejeitou a candidatura de Karú Carvalho, atual vice-presidente da agremiação, ao cargo de presidente da entidade, e do candidato a vice na chapa Sérgio Mendes.
O presidente da comissão, Mauro Moraes Antony, alegou que eles não apresentaram todas certidões negativas previstas no estatuto social da agremiação.
A comissão aceitou apenas a candidatura do empresário Rossy Amoedo, que tem como candidato a vice Diego Mascarenhas. Segundo o presidente da comissão, eles cumpriram todas as obrigações previstas no estatuto.
Nesta segunda-feira, após a divulgação da decisão, Karú afirmou, em publicação nas redes sociais, que foi impedido de entregar a documentação à comissão. “Hoje me senti ofendido e humilhado ao ser impedido de dar entrada em documentos no escritório do nosso Boi, visando à inscrição de minha Chapa”, escreveu.
Karú insinuou ter sido alvo de racismo. “O Sr. presidente da Comissão Eleitoral, conhecedor do direito, poderia ter autorizado o recebimento e depois indeferido os documentos, mas não se negar em recebê-los. Provavelmente, se eu fosse uma pessoa branca e não descendente de indígena, teriam maior respeito comigo. Mas, sou caboclo da Francesa que desde criança aprendeu a defender a sua dignidade”, completou Karú.
Após a acusação de favorecimento, a comissão eleitoral divulgou nota afirmando que “todos os interessados em se candidatar à presidência ou ao Conselho Fiscal do Boi Caprichoso deveriam ter apresentado as documentações até o dia 19, sábado”, conforme previa o edital de eleição.
A comissão eleitoral também comunicou que “não tinha obrigação nenhuma de receber documentos na segunda-feira, pois, o prazo já tinha encerrado”.
“A decisão da comissão eleitoral da qual eu sou presidente foi extremamente técnica. Nós nos prendemos no que dispõe o estatuto. Das duas chapas que se inscreveram para a diretoria executiva, apenas uma chapa atendeu aos requisitos exigidos pelo estatuto com relação à apresentação da documentação”, disse Mauro Antony.
Nesta terça-feira, nas redes sociais, Rossy disse que já estava com todas as certidões atualizadas desde o momento que decidiu concorrer, e que a pré-campanha dele foi feita com “proposta, diálogo, sem ofensas e agressões”.
“Se quero ser presidente do Boi Caprichoso e cuidar do Caprichoso e da nação azul e branca, devo também administrar a minha vida, a minha casa, o meu particular para poder cuidar do boi”, disse o empresário.
“Durante a nossa pré-campanha fizemos um trabalho de proposta, diálogo, sem ofensas e agressões, pois entendo que o nosso adversário é o boi contrário e não os integrantes do Boi Caprichoso”, completou Rossy.