Da Redação
MANAUS – Entre os dias 5 e 14 de janeiro deste ano, quando Manaus registrou o colapso no sistema de saúde, a Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas pediram ao Ministério da Saúde o envio de cloroquina, azitromicina e ivermectina, que são medicamentos ineficazes para tratamento de pacientes com Covid-19. Os documentos estão com a CPI da Covid e foram acessados pela BBC Brasil.
De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira, 15, no dia 6 de janeiro a secretária de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, enviou um ofício ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, citando a necessidade de repor os estoques de azitromicina e ivermectina. “Registramos que o estoque de Azitromicina, Ivermectina, prednisona e dexametasona, estão baixíssimos, e é imperativa uma ação saneadora para tal”, diz o ofício.
Outro ofício foi enviado a Pazuello no dia 14 de janeiro, insistindo na necessidade dos medicamentos sem eficácia e chamando as substâncias de “essenciais” para enfrentar a crise na capital amazonense. “Sendo esse um dos mais graves problemas, dada as dificuldades regionais de aquisição e entrega imediata, em especial, de Azitromicina e Ivermectina”, diz o ofício.
A Secretaria de Saúde do Amazonas também enviou, no dia 5 de janeiro, o ofício nº 0052/2021- GAB/SES-AM, cujo assunto era “Solicitação de Cloroquina”. A BBC Brasil informou que não teve acesso ao documento.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde de Manaus informou que os medicamentos citados como essenciais constam nas relações nacional e municipal como medicamentos para utilização na rede básica de saúde de qualquer município, “como é o caso da Azitromicina 500mg, Ivermectina 6mg, Prednisona 20mg e Dexametasona 4mg”.
De acordo com a pasta, no fim do ano de 2020, foram feitas aquisições desses medicamentos para abastecimento dos seis primeiros meses do exercício de 2021, “a fim de que toda a rede municipal fosse plenamente atendida nas Unidades de Saúde”. A secretaria afirmou que não trabalha com protocolos de tratamento precoce e que “a prescrição de medicamentos é ato de responsabilidade do profissional médico”.
A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que, em 5 de janeiro, solicitou hidroxicloroquina ao Ministério da Saúde, mas “essa medicação era comprada pelo Estado para fornecimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos pelo programa do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) em tratamento de doenças como Lúpus, Artrite Reumatóides, Dermatomiosites, entre outras”.
A pasta afirmou que todas as licitações do Estado em 2020 deram fracassadas porque o medicamento não estava disponível no mercado, devido a alta demanda, além da requisição de toda a produção da indústria pelo Governo Federal.
De acordo com a secretaria estadual, no dia 4 de janeiro, a secretaria foi orientada pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, para que solicitasse medicação para atender a rede de saúde no ‘tratamento precoce’ da Covid-19.
“A SES-AM fez a solicitação para atender ambas as demandas. A de Covid-19, orientada pelo Ministério da Saúde, e também para atender os usuários do Ceaf, que estavam sem a medicação naquele momento”, afirmou a Secretaria de Saúde do Amazonas.
Leia a reportagem completa no site BBC Brasil.
Tive Covid em Setembro/2020 paguei um médico particular, mas este médico apenas receitou que monitorasse alguns parâmetros sanguineo caso tivesse algum agravamento, não satisfeito com este atendimento fui a UBS da Compensa e o médico me receitou alguns destes medicamentos, o qual melhorou o meu estado geral, tais como dor de cabeça, narinas entupidas e uma leve febre… Ou seja, é correto esperar o quadro piorar ou tentar fazer algo? Na minha opinião prefiro tentar fazer algo; Qualquer medicamento deve ser prescrito por um profissional e portanto não é uma bandeira ideológica.
A verdade tem que ser dita: “Estes medicamentos são condenados pela grande mídia porque foram citados por Bolsonaro”
Infelizmente tudo neste País esta sendo Ideologizado politicamente!