Da Redação
MANAUS – O diretor-presidente da Samel, Luís Alberto Nicolau, denunciou em vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira, 7, o Banco Bradesco por negar atendimento a clientes com planos de saúde e criticou o Hospital Adventista pelo aumento de preços dos serviços para pacientes de Covid-19 em Manaus durante a pandemia.
No vídeo, Luís Nicolau afirma que o Banco Bradesco pediu à Samel para transferir pacientes para um hospital particular ou público que tivesse leito disponível, para depois ressarcir o SUS. O diretor da Samel disse não ter compactuado com isso.
“Eu quero fazer aqui uma denúncia contra o Banco Bradesco. O Banco Bradesco que negou que a Samel atendesse, o Banco Bradesco que sabe que Manaus não tem leitos e a Samel que disponibilizou leito para ele e nós não compactuamos com o Bradesco quando ele pediu para a gente pegar pessoa na nossa ambulância para fazer transferência para um hospital particular, que a gente sabe que não tem vaga, ou para algum hospital público, e depois eles iriam ressarcir o SUS”, disse Nicolau.
O diretor da Samel acusa o banco de usar hospitais de campanha para atender clientes com Plano Bradesco. “Banco Bradesco, vocês estão usando o hospital de campanha. O hospital de campanha deu anteontem alta para gerentes da sua agência. E eu estou falando isso aqui eu tenho provas. Nós já atendemos no mínimo que a gente sabe dois clientes de vocês. Vocês estão roubando vaga de uma pessoa pobre”, denunciou.
Luís Nicolau afirma que o Bradesco não poderia ressarcir o SUS pois o hospital de campanha não é credenciado do sistema.
“Aquele hospital é mantido pela Samel e pela Transire, pela V V Refeições, pela sociedade. Vocês que já exploram a população com juros exorbitantes, vocês não podem fazer isso, ficar roubando os leitos da população. Vocês falaram para a gente que se fosse possível ia mandar UTI aérea para atender que vocês iam garantir os leitos. Cadê as UTIs aéreas? Olha, vocês me procurem, ou procurem o prefeito, porque vocês vão ter que pagar as internações que vocês estão fazendo, porque hospital de campanha não é credenciado SUS”, disse Nicolau.
Hospital Adventista
No vídeo, Luís Nicolau critica o Hospital Adventista de Manaus pelo aumento de preços para o tratamento de pacientes durante a pandemia de Covid-19.
“Saiu ontem na Veja, já tinha saído em vários blogs, o que o Hospital Adventista de Manaus está fazendo com a população, que aumentou os preços de forma absurda, que isso vai ser provado, não tem como negar, tem os áudios, o Procon já está trabalhando, as notas já foram tiradas”, disse.
Para o diretor da Samel, o comportamento não é adequado para uma instituição filantrópica.
“O que é pior, são filantrópicos (igreja e hospital Adventista). Deixam de recolher para a União e para o Estado mais de R$ 50 milhões por ano, então eram para estar fazendo filantropia, caridade. E todo mundo de Manaus sabe que é o hospital mais caro de Manaus. O imposto nada mais é que a soma dos impostos dos cidadãos. Então quando o Adventista faz isso ele está fazendo com que um pobre subsidie um milionário para ser atendido lá, porque eles só atendem os planos mais ‘tops’ de Manaus”, critica.
Nicolau afirma ainda que à revista Veja, de circulação nacional, a direção do hospital confirma que suspendeu atendimentos a pacientes de planos de saúde.
“Agora me causa mais estranheza o Adventista declarar para a Veja, isso está declarado para a Veja, a não ser que a Veja esteja mentindo, que ele suspendeu os atendimentos dos pacientes particulares, ou seja, está virando de costa mais uma vez para a sociedade”, disse.
O diretor da Samel sugere que em ambas as situações relatadas sobre o Bradesco e Hospital Adventista o Ministério Público, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas) e a sociedade se mobilizem para investigar as supostas infrações.
A reportagem do ATUAL tentou contato com o Banco Bradesco e Hospital Adventista, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Ação da OAB
O diretor da Samel citou a decisão do juiz federal Ricardo Augusto de Sales que em ação da OAB contra a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), determinou que planos de Saúde não podem negar atendimento a clientes com Covid-19 mesmo em período de carência.
“A Samel apoia a ação da OAB a favor de que se trate quem tem plano de saúde sem carência para coronavírus. Quero dizer que esse é um procedimento que nós já adotamos desde o início. Então essa ação não nos ofende em nada. A gente apoia e parabeniza, porque sabemos que muitos planos de saúde estão negando atendimento. Inclusive planos de saúde que a gente até aqui atende”, disse.
O que tá faltando para o governo do estado do amazonas, diga-se Susam, realizar o credenciamento
junto ao ministério da saúde dos leitos disponibilizados e disponiveis pelo hospital de campanha da prefeitura de manaus?
Lembrando que a SAMEL pediu seu descredenciamento do plano… Ora,se ela não é mais credenciada ao plano em questão vai reter os pacientes onde é possível a remoção para outro hospital particular conveniado ou mesmo no SUS onde o plano reembolsa as despesas!? É criar muita polêmica em benefício próprio!!! Se aproveitam da situação e do desconhecimendo da população para criar essa situação de insegurança…Vergonha alheia de vocês!!