Da Redação
MANAUS – A direção da Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica) divulgou nota nessa terça-feira, 30, em rede social afirmando que ajuizou pedido de recuperação judicial no dia 18 de abril para manter as atividades da instituição. A instituição enfrenta uma ACP (Ação Civil Pública) movida pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e luta contra a falência desde o final de 2017.
De acordo com a direção da Fucapi, o pedido é para suspender o bloqueio de dinheiro retido pelo prazo de 180 dias, elaborar um plano de ação no prazo de 60 dias e nomear imediatamente um administrador judicial para acompanhar a elaboração do plano e as atividades da instituição. A diretoria justificou o pedido alegando que as medidas são “essenciais para que de fato ocorra uma mudança significativa na gestão da Fundação”.
Na última segunda-feira, 29, o ATUAL publicou que a diretora Isa Assef, em reunião com a promotora Kátia Oliveira, do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), afirmou que se a Justiça demorasse mais tempo para tomar uma decisão as atividades poderiam ser paralisadas no prazo de cinco meses.
Ao procurar a diretora da Fucapi, a reportagem foi informada que ela não estava na instituição na manhã de segunda-feira, 29, mas a partir de 12h. À tarde, a reportagem voltou a ligar para a Fucapi, mas foi informada que Isa Assef estava em reunião e que retornaria em breve. Até a manhã desta quarta-feira, 1, nenhum contado foi feito com o ATUAL.
A reportagem não encontrou pedido de recuperação judicial no site do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas). Apenas um recurso com entrada no dia 18 de março contra decisão proferida na ACP do MP-AM, em que a última movimentação foi o envio do processo para a Justiça Federal.
De acordo com a Fucapi, a diretoria o conselho diretor da fundação “não trabalha com a hipótese de encerramento de atividades, e sim busca a recuperação financeira da fundação”. A direção da Fucapi diz que lançou novo vestibular para o segundo semestre e abertura de inscrições para os cursos técnicos, “que demonstram a continuidade de nossas atividades”.
A Fucapi afirma “que o pedido de recuperação será deferido nos próximos dias” e que a decisão judicial dá início a uma nova fase administrativa, “que trará maior segurança a todos os nossos alunos, professores e pessoal administrativo”, diz trecho da nota.
A reportagem tentou novamente ligar para a Fucapi nesta quarta-feira, 1, mas as chamadas não foram atendidas.