Da Redação
MANAUS – Cem mil aves são descartadas em granjas por mês no Amazonas por falta de abatedouros, segundo a Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas). Também não é respeitado o ciclo de produção das galinhas, o que gera prejuízos financeiros aos criadores. O Estado tem apenas um abatedouro credenciado que não dá conta da demanda.
Um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) pretende reverter essa situação. O documento envolve a Sepror (Secretaria de Produção Rural), a Faea (Federação de Agricultura e Pecuária), e a Aama (Associação Amazonense de Avicultura) para regularização de 70 entrepostos de ovos e 32 abatedouros de aves estão em fase de legalização para a obtenção do SIE (Serviço de Inspeção Estadual), um selo que atesta a inspeção sanitária e qualidade dos produtos. Segundo a Adaf, 34 entrepostos de ovos já são certificados pela agência.
“Precisamos identificar os produtores que têm interesse em regularizar o seu empreendimento. Eles devem procurar a Adaf por meio de um requerimento, solicitar que o empreendimento e o SIE sejam avaliados”, disse o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo.
O TAC prevê que os avicultores que estejam interessados na regularização tenham um prazo de até dois anos para efetivar a adequação de suas atividades e registro perante os órgãos oficiais de fiscalização, seguindo os trâmites legais junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), SIE ou ao Serviço de Inspeção Federal (SIF).
“Dados do IBGE de 2017 demonstram que esse segmento de ovos cresceu 117%, nos últimos anos. O setor como um todo cresceu 67% e produz por ano R$ 200 milhões. Então é uma atividade de crescimento, sendo o 5º maior polo do Brasil de produção de ovos. O TAC que estamos celebrando junto dos avicultores e do MP dará uma garantia e uma segurança muito grande para essa atividade econômica”, disse o secretário de Produção Rural Petrucio Magalhães Júnior.
Os interessados em fazer a adesão ao TAC devem comparecer à Adaf e obter informações referentes as cláusulas do documento por meio dos sites da Adaf (www.adaf.am.gov.br) ou do MPE-AM (www.mpam.mp.br).