Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – Em 2020, o Amazonas teve prejuízos de R$ 329,5 milhões causados por desastres naturais. O valor consta no estudo “Danos prejuízos causados por outros desastres durante a pandemia em 2020”, da CNM (Confederação Nacional de Municípios).
A pesquisa mostra o impacto financeiro de fenômenos como inundações, alagamentos, deslizamentos, secas e incêndios florestais registrados durante a pandemia de Covid-19. O mapeamento mostra ainda os malefícios humanos, materiais e ambientais dos desastres naturais, potencializados pela ação humana.
Apesar do valor significativo no Amazonas, o estado está longe do primeiro lugar em prejuízos causados por calamidades. O Rio Grande do Sul foi o que apresentou maiores prejuízos, perdendo mais de R$ 18 bilhões; em segundo vem Minas Gerais, com R$ 15,4 bilhões; e, em terceiro, Alagoas, com R$ 5,6 bilhões.
Com exceção de Roraima, todos os estados informaram os prejuízos causados por calamidades. No total, as anormalidades causaram prejuízos econômicos de R$ 62,5 bilhões entre janeiro e dezembro de 2020.
Cada região no Brasil apresenta eventos climáticos variados. A CNM destaca na região Norte a grande quantidade de chuvas que ocorrem durante quase todo o ano, e o número significativo de rios, como o Amazonas, Purus, Acre, Solimões, entre outros, razão pela qual são registradas, com muita frequência, inundações.
Nos prejuízos por região, o Norte do país foi o que despendeu menos valores com calamidades.
No caso da região Sul, que aparece em primeiro lugar no gráfico, além dos efeitos negativos causados pela, a seca prolongada contribuiu para que a região fosse a mais afetada. O Sul também foi castigado por outros diversos desastres causados por tempestades, ciclones e inundações.
Dentro dos desastres naturais que ocorreram durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, a seca foi o desastre que mais causou prejuízos nos municípios afetados. Ela ficou mais concentrada nas regiões Nordeste e Sul.
Decretos situação de emergência
Em decorrência dos desastres causados no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2020, ocorreram 13.065 decretações de situação de emergência, solicitando o reconhecimento federal por parte da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Ministério do Desenvolvimento Regional (Sedec/MDR).
Pela comparação da quantidade de decretações de emergência em 2020 com anos anteriores, é possível verificar um aumento de 75,4% em relação a 2016; 64,1% a 2017; 67,8%, a 2018; e, por fim, 68,5%, a 2019.