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MANAUS – Adolescente Gabriel Negrão Oliveira, de 15 anos, foi morto com 12 tiros por postar foto nas redes sociais com arma de brinquedo, disse o delegado Bruno Fraga, da Polícia Civil do Amazonas. O crime ocorreu no dia 9 de dezembro de 2024 na Comunidade União, bairro Parque 10, zona centro-sul de Manaus.
Nesta terça-feira (7), por volta das 16h30, Thaylon Wenzo Braga de Sousa, de 25 anos, conhecido como “Bolinha”, foi preso por envolvimento no homicídio.
Bruno Fraga disse que Gabriel também expôs nas redes sociais uma quantia em dinheiro proveniente do trabalho de seu pai durante o fim de semana.
“Uma facção criminosa interpretou que se tratava de um sentinela de um grupo rival. Por conta disso, tiraram a vida desse adolescente que não possuía qualquer vínculo com organizações criminosas. Foi uma vítima inocente que, por um deslize ou pela intenção de aparentar ser, na linguagem popular, um ‘bad boy’ ou um ‘cria’, acabou chamando a atenção do grupo criminoso que decretou sua morte”, afirmou o delegado.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia de Homicídios e Sequestros, Gabriel havia saído de casa para ir a uma padaria quando foi surpreendido por dois indivíduos em uma motocicleta. Os suspeitos efetuaram diversos disparos à queima-roupa.
“Chama atenção a idade da vítima, um adolescente muito jovem, sem qualquer envolvimento com o crime. Ele pertencia a uma família humilde, trabalhadora e de boa índole, sem histórico criminoso. Ao avançarmos nas investigações, constatamos que a morte de Gabriel foi resultado de um engano”, afirmou Cunha.
“Gabriel residia em uma área de intenso tráfico de drogas e a facção que domina aquela localidade decretou sua morte. Já haviam tentado matá-lo três dias antes do crime, mas ele conseguiu fugir. No entanto, na segunda tentativa, ele foi assassinado”, disse Cunha.
Thaylon Wenzo Braga de Sousa, um dos suspeitos do assassinato, foi localizado e preso no conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores, também na zona centro-sul da capital. Outro indivíduo identificado como Phelipe Cabral de Castro, conhecido como “Coofe”, está foragido.