Do ATUAL
MANAUS – A mãe de uma adolescente de 13 anos residente em Manaus foi presa suspeita de vender a virgindade da filha quando ele atinha 12 anos, e obrigá-la a se prostituir. A adolescente foi encontrada no quarto de um motel com um homem de 46 anos. Ele, a dona do estabelecimento e a mãe da vítima foram presos na noite da última quinta-feira (23).
A Operação Resgate foi deflagrada em um motel no bairro Gilberto Mestrinho, zona leste da capital. A dona do estabelecimento, de 52 anos, foi autuada por favorecimento à prostituição, e a mãe da vítima, de 38 anos, foi presa por lesão corporal e exploração sexual de criança.
Segundo a delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, a polícia recebeu uma denúncia anônima relatando que uma mulher estava agenciando a própria filha, de 13 anos, para fazer relações sexuais com homens.
“Ainda no mesmo dia da denúncia, recebemos a informação de que a mulher havia marcado um encontro para a menina em um motel pelo valor de R$ 100. A vítima se recusou a fazer o programa e acabou sendo agredida pela genitora e obrigada a ir ao encontro”, explicou a delegada.
Os policiais foram ao motel e conseguiram prender o homem em flagrante por estupro de vulnerável, e resgatar a vítima.
“Após efetuarmos as duas prisões, fomos até a casa da mãe da menina, porque verificamos que era ela quem agenciava a filha para diversos homens, sempre pelo valor de R$ 100. Diante disso, confirmou-se o crime de exploração sexual e agressão, pois obrigava a filha a ir em todos os encontros marcados por ela”, disse Joyce Coelho.
De acordo com a delegada, a vítima estava morando com a mãe há cerca de um ano, quando começaram os agenciamentos. A mulher, inclusive, negociou a virgindade da adolescente para o mesmo homem, quando filha ainda tinha 12 anos.
“Diante de todas as provas conclusivas, e após a vítima passar por exames, foi constatado o crime. Ela foi encaminhada para atendimento psicossocial e, posteriormente, ficará sob guarda de sua avó materna, que não possuía conhecimento dos fatos até a data das prisões”, disse Joyce Coelho.