MANAUS – A liberação, na quarta-feira, 28, pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de R$ 300 milhões de empréstimo do Banco do Brasil para o Amazonas, dinheiro que será usado para recuperar ruas dos municípios do Amazonas, e a decisão do mesmo ministro Meirelles de deixar o PSD para se filiar ao MDB (antigo PMDB) elevaram as apostas dos políticos do Estado de que o governador Amazonino Mendes pode deixar o PDT para também se filiar ao MDB e disputar a reeleição.
O dinheiro, que vinha sendo pleiteado desde 2016 pelo então governador José Melo (hoje preso), foi liberado na quarta-feira e no mesmo dia caiu na conta do Governo do Amazonas. Nos bastidores, há informações de que o senador Omar Aziz (PSD), Pauderney Avelino (DEM) e Alfredo Nascimento (PR), todos aliados do presidente Michel Temer (MDB), tentaram segurar a liberação do empréstimo, exatamente para evitar que o dinheiro fosse usado para pavimentar a campanha à reeleição de Amazonino.
O sentimento nesta semana era de que Amazonino venceu a batalha. Mas na política, toda decisão tem um preço. No PDT, Amazonino será “obrigado” a apoiar o candidato do partido dele, Ciro Gomes. Se as pretensões de Meirelles de concorrer à Presidência da República se confirmarem, ele precisará de apoio nos Estados. Até o dia 7 de abril – prazo final para a troca de partido –, muita água vai rolar. É esperar para ver.