Da Redação
MANAUS– Com custo inicial de R$ 300 milhões em 2012, a obra da Cidade Universitária da UEA (Universidade do Estados do Amazonas) em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) não passou de algumas colunas erguidas. Do projeto às ruínas já foram gastos R$ 100 milhões e o custo atual para transformar o local em um complexo universitário seria de R$ 700 milhões.
O novo valor foi apresentado ao vice-governador eleito Carlos Almeida Filho pelo reitor da UEA, Cleinaldo Costa, em reunião nessa quinta-feira, 13, com os diretores da entidade e da Affeam (Associação dos Funcionários Fiscais do Estado do Amazonas) para conhecer as demandas do setor acadêmico e dos responsáveis pela arrecadação.
Carlos Almeida foi informado que as dificuldades financeiras da UEA podem afetar diretamente os 30 cursos oferecidos pela universidade em 17 municípios amazonenses. “Sabemos que a ausência de atuação fiscal acaba causando uma relativa leniência nos contribuintes e a atuação mais contundente faz com que um efeito pedagógico se aplique, fazendo com que a arrecadação seja multiplicada”, disse Carlos Almeida.
O ATUAL procurou o reitor e foi informado pela assessoria da UEA que ele está viajando. A consulta foi paras aber quais dificuldades financeiras são essas, como os cursos podem ser afetados, se há risco de acabar com cursos e se o valor repassado à universidade foi menor este ano e qual a projeção para 2019.
A UEA é financiada pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) com base na Lei Estadual nº 2.826, de 29 de setembro de 2003, que estabelece os seguintes critérios:
10%do crédito de estímulo, calculado em cada período de apuração do CMS, quando se tratar de empresa industrial beneficiada com nível de 100% de crédito estímulo;1,3% sobre o faturamento bruto, sujeito a diferimento, quando se tratar das operações previstas no artigo 14, II; 1,5% do crédito estímulo, calculado em cada período de apuração do ICMS. O orçamento da entidade, portanto, está sujeito ao desempenho do setor industrial no Amazonas.