Do ATUAL
MANAUS- Oposição ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a vereadora Professora Jaqueline (União Brasil) criticou, nesta terça-feira (27), na Câmara Municipal, a troca de diretores de escolas da rede municipal. Professora Jacqueline (União Brasil) classificou a situação de “perseguição política na educação”.
A fala de Jacqueline foi apartada pelo vice-líder do prefeito na CMM, vereador Raulzinho (PSDB), que a acusou de usar as escolas como trampolim eleitoral. A reação gerou bate boca entre os dois.
Aliada do governador Wilson Lima (União Brasil) e do deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), pré-candidato a prefeito, Jaqueline criticou o decreto municipal que amplia exigências para pagar o 14º e 15º salários dos servidores da Educação.
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“Há gestores que não dão conta do recado, às vezes, que não está dando certo por algum motivo e há substituição. É normal. Agora 40, 50, 60, 80 é outra coisa. É um levante de diretor substituído. E digo mais: por que vocês não lutam pela melhoria dos salários dos professores? Pelo Fundeb? Por que não assinam a CPI do Fundeb? Porque ninguém aqui se pronuncia contra o decreto do prefeito para atingir o 14° e o 15° salário impõe metas inatingíveis? Cadê a comissão de educação dessa casa?”, indagou a parlamentar.
Bate-boca
Ao ceder aparte ao vereador Raulzinho, a vereadora foi acusada pelo parlamentar de ter cobrado apoio político de gestores. “Vereadora Jacqueline, ver a senhora na tribuna reclamando disso me deixa estarrecido porque eu mesmo, como vereador, fui vítima da senhora. Todas as escolas da comunidade do Mutirão e Novo Aleixo, todas eram obrigadas a ajudar vossa excelência”, disse.
Vereadores da oposição começaram a gritar, pedindo respeito à vereadora. Jaqueline sugeriu, então, encerrar a sessão. Ela alegou estar “se sentindo constrangida”. “Porque eu sou mulher, os homens vêm aqui me constranger”, disse.
“O senhor também está me intimidando? Por que o senhor que me intimidar? Não vou aceitar! Sente no seu lugar e me respeite!”, disse a parlamentar ao vereador Fransuá (PV), que se levantou para entrar no bate-boca.
Sobre a fala de Raulzinho, Jaqueline disse que o vereador estava confundindo a amizade que ela tem com os diretores de escolas devido à sua atuação na educação municipal.
O ATUAL pediu informações da Semed sobre a troca de gestores escolares, mas até a publicação da matéria não houve resposta.
Repúdio
O presidente da CMM, Caio André (Podemos), interveio e pediu para desligar os microfones dos vereadores, que continuaram a discutir em voz alta no plenário da Casa.
A presidente da Comissão da Mulher, Glória Carrate (PL), se uniu às vereadoras Thaysa Lippy (PP), Professora Jacqueline e Yomara Lins (PRTB) para discutir quais ações podem ser tomadas contra os vereadores que, segundo elas, cometeram “violência política”.