Da Redação
MANAUS – A incidência da Covid-19 em Manaus é maior entre pessoas das classes A e B. O aumento foi de 2% na semana passada, segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
“Estamos tendo aumento de casos pontuais em aglomerados, principalmente nas classes A e B. Caso nós não tomemos as precauções devidas, podemos sim voltar a ter um crescimento do número de casos (em toda a população)”, disse a diretora da FVS Rosemary Costa Pinto. “Todos os locais que oferecem riscos para as pessoas precisam continuar aderindo aos protocolos”.
Rosemary alertou sobre a necessidade de não abandonar as medidas de proteção que evitam a proliferação do vírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social. “É importante lembrar que os locais onde as pessoas ficam mais expostas e vulneráveis é onde tiram as máscaras para comer e beber. Restaurantes, bares, festas, locais de lazer como balneários, facilitam a transmissão do vírus”, disse.
Entre as semanas epidemiológicas 32 e 37, houve crescimento no número de casos em bairros nobres da capital como Ponta Negra e Adrianópolis, em sua maioria habitado por pessoas com maior poder aquisitivo.
A avaliação do cenário epidemiológico do Amazonas também mostra que há aumento de casos e internações em pacientes das classes mais abastadas. A variação da taxa de ocupação de leitos de UTI, nos últimos 14 dias, é de 11% na rede pública e de 19% na rede privada de saúde.
A diferença é ainda maior em relação à ocupação de leitos clínicos, onde a variação é de 14% nas unidades públicas de saúde; e de 67% na rede particular, nas últimas duas semanas.
“Todas as quintas, sextas, sábados e domingos nós temos uma operação integrada de uma comissão formada pelas forças de segurança, fiscais da Vigilância Sanitária do município de Manaus e da FVS. Esse grupo técnico intensifica fiscalizações em bares, restaurantes, flutuantes e balneários. As medidas não têm sido suficientes para conter a multidão. O que nós vemos é, cada vez mais, um grande número de pessoas se expondo nesses locais”, relatou Rosemary Pinto, ao alertar que o não cumprimento das medidas orientadas pelas autoridades de saúde pode resultar num aumento ainda maior de casos, em todas as classes da população.