Da Redação
MANAUS – Cotas para a captura do pirarucu é uma nova tentativa de exploração comercial com preservação da espécie no Amazonas. O peixe é um dos mais apreciados pelos consumidores no Estado, mas a pesca predatória é uma ameaça à conservação.
A experiência de manter 70% do cardume para que seja explorado entre dez meses a um ano é desenvolvida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, em Fonte Boa (a 678 quilômetros de Manaus).
A unidade de beneficiamento, o entreposto de pescado e o complexo frigorífico inaugurados nessa segunda-feira, 4, receberam recursos do Fundo Amazônia e devem beneficiar 500 famílias.
Os recursos foram repassados por meio de projetos selecionados no Edital Floresta em Pé, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Fundo Amazônia, que é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A unidade básica de beneficiamento de pescado para processamento do pirarucu, inaugurada pelo governador Wilson Lima, tem capacidade de produção de até 1,5 tonelada de pescado por dia, devidamente embalados e rotulados. A unidade recebeu apoio de R$ 150 mil e deve favorecer 84 famílias de pescadores.
“Isso aqui é um exemplo de desenvolvimento sustentável, que tanto se propaga mas que, na prática, poucas pessoas conseguem dizer efetivamente o que é. Há um discurso mundo afora falando sobre isso. Esse daqui é um exemplo de manejo, é um desenvolvimento sustentável”, disse o governador.
Um frigorífico com capacidade der congelamento para cinco toneladas de pescado e uma câmara frigorífica para armazenamento com capacidade para 40 toneladas também foram inaugurados. O investimento foi de R$ 300 mil do Fundo Amazônia/BNDES via Programa Floresta em Pé, da FAS, por meio da Amurmam.