MANAUS – O Instituto dos Anestesiologistas do Amazonas S/S Ltda paralisará suas atividades, dia 6 de fevereiro, em função do atraso nos agamentos feitos pela Susam (Secretaria de Estado de Saúde) à cooperativa, que recebeu, só em 2015, R$ 44 milhões do governo estadual. A greve acarretará na suspensão das cirurgias eletivas nas unidades do SUS no Amazonas. O comunicado foi encaminhado ao titular da pasta, Pedro Elias de Souza, na última segunda-feira, 25.
A Susam informou que recebeu a confirmação da Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) de que o pagamento da referida prestadora de serviço estará normalizado até esta sexta-feira, 29. Questionada se tomaria alguma medida par evitar que a eventual paralisação dos médicos afetassem o atendimento na rede estadual de saúde, a Susam não respondeu.
Conforme documento protocolado na Susam, ao qual o AMAZONAS ATUAL teve acesso, dia 6 completará 90 dias que o Estado não paga a cooperativa, fato que infringi o contrato 101/2014.
Segundo o documento, o atraso no pagamento corresponde aos períodos de novembro a janeiro, sempre do dia 20 de um mês ao dia 19 do seguinte. O comunicado é assinado pela diretora-presidente da cooperativa, Ivandete Coelho Pereira Pimentel.
Em um dos trechos, ela alega o seguinte: “lamentamos tal situação e é importante deixar claro nossos esforços continuados na tentativa de evitar tal paralisação, porém, e apesar também de constatado o esforço de vossa senhoria (secretário Pedro Elias), não é mais possível manter a continuidade do nosso trabalho, apesar de sua necessidade e relevância para toda a sociedade deste estado, por ser um direito dos sócios receber pelos serviços já prestados”.
Segundo o site transparência, a Susam realizou, em 2015, 19 repasses à cooperativa, que hoje mantém a maior parte dos centros cirúrgicos públicos da capital, em funcionamento. O maior deles totaliza R$28,8 milhões, pagos no dia 5 de janeiro do ano passado, através de um contrato cujo valor global chega a R$ 50 milhões. Na descrição, consta prestação de serviços de anestesiologia às unidades do SUS através de plantões ininterruptos.
Veja o documento: