MANAUS – Em cerimônia realizada na CMM (Câmara Municipal de Manaus), na manhã desta quinta-feira, 11, o cônsul honorário de El Salvador, Almicar Antônio Aguilar Baires, aderiu à proposta da Frente Parlamentar para a criação do Polo Tecnológico de Manaus, iniciativa dos vereadores Ewerton Wanderley, Alonso Oliveira, que tramita há pelo menos dois meses na Casa para a criação de uma nova matriz econômica no Amazonas.
A adesão do cônsul traz a expertise do país da América Central que depois de ter passado por um período político e econômico turbulento, criou várias vertentes de desenvolvimento como agricultura, tecnologia, turismo, mecanização, entre outros.
“Podíamos nos inspirar em iniciativas de El Salvador e aplicar aqui no Amazonas. Nossa economia cresce a 3,5% ao com inflação de apenas 0,5%. Não se pode pensar que a Zona Franca vai salvar o Estado para o resto da vida. Precisamos em investir em tecnologia, principalmente aplicada a agricultura”, afirmou Almicar, que anunciou que está organizando uma comitiva de empresários amazonenses para conhecer o El Salvador.
Participaram do evento o presidente da CMM, Joelson Silva, o reitor da Universidade Federal do Amazonas, Silvio Puga, o vice-presidente do Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus), Romero Reis e representantes da Universidade do Estado do Amazonas, Instituto Federal do Amazonas e membros de empresas privadas. Todos já aderiram à proposta da Frente Parlamentar.
Autor da proposta da Frente Parlamentar, que é subscrita pelos vereadores Alonso Oliveira e Gedeão Amorim, Ewerton Wanderley falou dos riscos que a Zona Franca passa e da necessidade urgente de alternativas. “Sabemos o quanto o nosso polo é bombardeado, principalmente pelos empresários do centro-sul do Brasil. Se não nos prevenirmos e criarmos uma solução, uma matriz econômica nova, esse será o fim do Amazonas”, pontuou.
Frente
O objetivo com a criação da frente é mobilizar e promover o debate entre diversos representantes da sociedade civil e Casas Legislativas para a elaboração de um estudo técnico de viabilidade econômica, que embase a construção de uma legislação tributária diferenciada que torne Manaus um ambiente atrativo para a indústria 4.0, para fomentar o ambiente tecnológico da capital amazonense a partir do estímulo a processos industriais mais eficientes, produtivos e modernos, bem como do desenvolvimento de novas tecnologias e inovação, por parte de empresas, institutos e startups.
Já existem alguns estados brasileiros como Recife e São Paulo que já implantaram mais de 600 empresas desse modal e geram cerca de R$ 1 bilhão de renda e mais de 15 mil empregos.