Da Redação
MANAUS – A construção civil impulsionou a geração de empregos com carteira assinada no Amazonas em 2019 com 2.125 novas vagas ocupadas, segundo o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil). O número representa aumento de 11,09% no setor. A geração de empregos no Estado atingiu 11.129 vagas, incluindo indústria, comércio e serviços.
Conforme o Sinduscon, em 2018 o setor obteve um saldo negativo de -1.025 vagas, representando um percentual de -5,18%. Em todo o Brasil a construção civil contribuiu fortemente para esse resultado mensal, pois registrou 71.390 admissões apesar dos 118.276 desligamentos.
Para o presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza, a expectativa para 2020 é de aumentar o saldo de vagas. “O saldo positivo de 2019 em relação a 2018, já demonstra um grande crescimento da construção civil aqui no estado, e traz uma boa expectativa para 2020. Isso se dá com a baixa dos juros, que gera confiança no empresário e no comprador, gerando a necessidade de novos empreendimentos e automaticamente criando novos postos de trabalho, o que impulsiona crescimento do setor e a econômico do estado”, disse.
Divulgados na última sexta-feira (24), pelo Ministério da Economia, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro foram analisados pela economista da CBIC, Ieda Vasconcelos. “Apesar de o resultado seguir a tendência do mês, de fechamento de vagas em função da sazonalidade, a queda foi superior ao previsto”, disse.
A título de comparação, Ieda lembra que o resultado de dezembro de 2019 chegou próximo ao de dezembro de 2018. “O setor poderia ter crescido mais e gerado mais empregos, mas enfrenta dificuldades especialmente no segmento de habitação de interesse social, com uma falta de política de governo para a área, além da falta de pagamentos de obras realizadas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. Dessa forma, o crescimento do setor não se sustenta”.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o setor da construção civil deve voltar a registrar crescimento mais expressivo em 2020 e representar um impulso relevante para a economia brasileira neste ano. A projeção é de que a atividade do setor ganhe força e registre crescimento de 3% neste novo ano. “A recuperação do setor deve representar uma ‘locomotiva’ dentro do PIB [Produto Interno Bruto] do país, mas isso não pode se perder pela falta de políticas claras para habitação de interesse social”, afirma.