Da Redação
MANAUS – Com uma folha de pessoal de R$ 400 milhões por mês, o Governo do Amazonas quer reduzir o gasto com servidor este ano. A intenção é identificar distorções como funcionários fantasmas. Para isso, utilizará o recadastramento obrigatório que começou nesta segunda-feira, 13, nas agências do Bradesco. A atualização dos dados vale para funcionários da ativa, aposentados, pensionistas, terceirizados e comissionados, informou . a Sead (Secretaria de Administração e Gestão).
A intenção é reduzir a despesa com o funcionalismo entre 3% e 5%. “A estimativa é economizar com a folha de pagamento, uma vez que além de atender as necessidades do E-Social, eles também vão identificar possíveis funcionários que não existam, que não estejam trabalhando ou que estejam realmente com dados cadastrais desatualizados”, disse a secretária de Administração Carolina Simonetti.
O principal risco de quem perder o prazo para o recadastramento é a suspensão do salário.O servidor Hemanuel Bulcão, que trabalha no setor público desde 2011, decidiu se cadastrar no primeiro dia. “Eu soube pela Sead e juntei todos os meus documentos necessários para que eu pudesse vir fazer recadastramento. Não deixem pra depois, venham fazer o recadastramento dentro do prazo, para que não ocorra um problema futuro com o seu pagamento”, disse.
Quem não conseguir se recadastrar nas datas definidas, pode procurar o RH do órgão para realizar o procedimento e terá seu salário pago de forma retroativa, sem prejuízos.
Os pensionistas e aposentados da Fundação AmazonPrev já faziam um recadastramento próprio anual, mas farão, a partir de agora, apenas o recadastramento obrigatório. A Fundação possui 2,6 mil aposentados e pensionistas que devem se adaptar à mudança. “Hoje nós temos um padrão, uma uniformização desse recadastramento. Então, os aposentados e pensionistas não procuram mais a Seduc (Secretaria de Educação) no interior, nem mais a sede da AmazonPrev na capital. Todos devem procurar uma agência do Bradesco”, disse o presidente da fundação AmazonPrev, André Luiz Zogahib.
Em janeiro do ano passado, o governador Wilson Lima havia dado prazo de 30 dias para os secretários identificarem funcionários fantasmas. O governo não divulgou se a ordem foi cumprida ou não.