Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas terá R$ 1,047 bilhão em empréstimo do Banco da Amazônia para investir em negócios sustentáveis. O desafio do endividamento do Estado é proporcionar condições para que esses empreendimentos tenham produção em escala a fim de criar demanda no mercado consumidor, o que não ocorre atualmente.
Desse valor, R$ 874,38 milhões são do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) e R$ 173,2 milhões do crédito comercial do banco. Dos R$ 874 milhões, R$ 39 milhões são da linha FNO-Pronaf; R$ 727,98 milhões para a linha FNO-Amazônia Sustentável; R$ 2,28 milhões para a linha FNO-Biodiversidade; R$ 94 milhões para o FNO-MPEI e R$ 11,12 milhões para a linha FNO-ABC.
“O nosso compromisso é aplicar o FNO em 100% dos municípios do Estado, priorizando a mesorregião do Alto Solimões e tipologia PNDR nas regiões de menor dinamismo”, disse o superintendente regional do Banco da Amazônia no Estado, Nélio Gusmão. O convenio para o repasse do dinheiro foi assinado na manhã desta terça-feira, 7.
Entre os projetos setores em que o recursos deve ser aplicado está o de construção naval, fruticultura, produtos florestais não-madeireiros (castanha, borracha, óleo e sementes), mandioca, agroindústria (fruticultura, movelaria, fécula, laticínios, fitofármacos), avicultura (postura e caipira). Também deverão receber investimento empreendimentos na pecuária de corte e de leite (Humaitá, Boca do Acre, Parintins e Carauari), extrativismo (Carauari), extrativismo vegetal e pesca artesanal (Humaitá). Há verba prevista também para a pesca, fruticultura e bubalinocultura (Itacoatiara), ao setor industrial (Polo Duas Rodas, Metalúrgico, Eletroeletrônico, Construção Civil, Naval, Turístico e Fitoterápico/Fitocosmético), guaraná orgânico (Maués), mandioca e turismo ecológico (Parintins).
O Banco da Amazônia disponibilizará R$ 7,9 bilhões para investimentos na Amazônia, este ano. Desse total, R$ 4,6 bilhões são originários do FNO. As demais são do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Orçamento Geral da União (OGU). O restante, R$ 2,9 bilhões, pertence à carteira de crédito comercial do banco.
Nos últimos cinco anos, a instituição aplicou R$ 24,9 bilhões na Amazônia Legal, considerando todas as fontes de recursos. Esses investimentos incentivam projetos de créditos de vários setores e tamanhos, desde a agricultura familiar a grandes iniciativas de infraestrutura regional.
No Estado do Amazonas, o Banco da Amazônia tem o saldo da carteira de crédito de R$ 3,131 bilhões com recursos do FNO. O saldo das contratações de fomento, no período de janeiro a novembro de 2016, soma R$ 3,536 bilhões. No que se refere às aplicações de crédito no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no período de janeiro a dezembro de 2016 (ano civil), o Banco contratou R$ 15,1 milhões no Amazonas. Nos últimos cinco anos, o Banco investiu R$ 368 milhões na agricultura familiar no Amazonas.
Com relação à agropecuária, o Banco contratou no Amazonas o valor de R$ 17,1 milhões. Nos últimos cinco anos, a Instituição realizou R$ 81,8 milhões neste setor da economia. No que se refere às atividades florestais, o Banco também deu grande contribuição e contratou o valor de R$ 4,2 milhões somente em 2016. No ano de 2015, foram investidos R$ 1,5 milhão neste mesmo setor.
Para as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, o Banco contratou R$ 70 milhões em operações no ano de 2016 e para as pessoas atendidas pelo Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) – linha de crédito para atendimento das necessidades financeiras de pessoas físicas, empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte – o Banco efetivou negócios, em 2016 no Amazonas, no valor de R$ 2,9 milhões.
Segundo dados do Banco Central, a participação do Banco da Amazônia no crédito de fomento, no Amazonas, é de 63,25% e as 12 agências da instituição representam 7,45% de toda a rede de agências do Estado. O atendimento do banco cobre 100% dos municípios amazonenses (62 municípios).