O afastamento, por licença médica, do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) do Senado, no momento em que os senadores se preparam para votar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), vem sendo encarada como uma forma de o representante do Amazonas fugir da responsabilidade de votar contra ou a favor da chefe do Poder Executivo. Ministro de Dilma até a semana passada, Braga estaria obrigado pelo PMDB a votar contra sua ex-chefe, uma vez que o partido antes aliado declarou guerra contra o governo, ao deixar o barco no fim do mês passado. Braga permaneceu no governo até quando pôde. No dia 22, ele entregou o cargo e voltou ao Senado, mas anunciou uma licença médica de 30 dias. Durante esse período, o Senado deve votar a admissibilidade do impeachment, e o Amazonas terá apenas dois votos: do senador Omar Aziz (PSD) e da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).