Da Redação
MANAUS – O Hospital do Coração Francisca Mendes, que é uma fundação de saúde do Governo do Amazonas, zerou a fila de pacientes internados à espera de embolização. O procedimento vascular é necessário para tratar doenças como aneurismas cerebrais, embolia pulmonar, entre outros problemas da circulação de sangue.
É a primeira vez que isso ocorre em 17 anos, quando a unidade passou a ser administrada pela Unisol (Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões), ligada à Ufam (Universidade Federal do Amazonas). No dia 5 de junho de 2020 o hospital voltou à gerência da Secretaria de Saúde com o encerramento do contrato com a organização privada. A Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes só foi instituída pela Lei Estadual nº 4.026 em 2014.
A gestão pública se mostrou mais eficiente que a privada, conforme os indicadores. De outubro de 2020 a fevereiro de 2021, foram realizadas 186 cirurgias cardíacas – 133 em adultos e 53 pediátricas, 162 procedimentos da Cirurgia Vascular, 225 Cateterismo, 85 Angioplastias e 25 embolizações.
“Nesses últimos meses, mesmo diante da pandemia de Covid-19, conseguimos manter as cirurgias e procedimentos de hemodinâmica na unidade, e zeramos a fila de embolização de pacientes internados em prontos-socorros, principalmente no João Lucio Machado, além de conseguir implantar novas ações e readequar setores”, disse Nayara Maksoud, secretária adjunta de políticas de saúde da Secretaria e responsável pela gestão do hospital.
O bom desempenho foi alcançado com procedimentos simples: atendimento exclusivo para a pediatria, ampliação do espaço da fisioterapia, videoconferência para teleconsultas, telerreabilitação e visitas virtuais entre os pacientes internados e os familiares.
Com o fim do contrato com a Unisol, a UEA (Universidade do Estado do Amazonas) passou a ser parceira para ensino e pesquisa na área médica.
O Francisca Mendes é referência no tratamento de doenças cardiovasculares na rede pública de saúde.