Da Redação
MANAUS – Com aulas presenciais suspensas e oferecidas pela internet durante o período de isolamento social como prevenção ao contágio pelo coronavírus, as escolas particulares em Manaus mantiveram a cobrança de mensalidades. Alguns estabelecimentos, porém, negociam o pagamento com os pais de alunos caso a caso, disse a presidente do Sinepe- AM (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado), Elaine Saldanha.
“O momento é difícil para todos e as escolas têm priorizado a manutenção regular das atividades e dos seus funcionários. Cada instituição de ensino tem sua planilha de orçamento e está também negociando individualmente a situação com cada pai e aluno afetado pela crise atual”, disse Saldanha. Atualmente, o índice de inadimplência é, em média, de 30%.
Os empresários estão levando em conta gastos fixos, impostos e a inadimplência. O Sinepe tem 60 instituições cadastradas entre creches, escolas e faculdades.
Segundo Elaine Saldanha, o quadro de funcionários não foi reduzido. O sindicato informa que houve aumento em algumas instituições, que agora precisam investir em desenvolvimento tecnológico e pedagógico. “Até o momento, as instituições mantiveram a totalidade de seus colaboradores. Há aquelas que, inclusive, aumentaram o quadro de profissionais contratando mão de obra especializada em Tecnologia Educacional”, disse.
Saldanha disse que os gastos foram mantidos, mesmo com os alunos em casa. Segundo a organização, as aulas on-line possuem custos de investimento alto. “Importante ressaltar que as aulas on-line, previstas na legislação brasileira em situações emergenciais não significam menor investimento por parte das escolas. Ao contrário, investimentos significativos têm sido feitos”, disse.
A orientação do sindicato é que as aulas na rede privada retornem no dia 4 de maio. As atividades estão suspensas presencialmente desde 17 de março.