
Do ATUAL
MANAUS – O Exército brasileiro estuda a implantação de um instituto de pesquisas da corporação na Amazônia, vinculado ao IME (Instituto Militar de Engenharia) para produção científica tanto de militares quanto de civis. A criação do instituto foi tema de uma reunião realizada na sexta-feira (9) entre o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o comandante do CMA (Comando Militar da Amazônia), general de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves e com o general de Divisão Juracir Ferreira Galdino.
O instituto, com sede no Amazonas, terá um custo inicial de R$ 120 milhões com prazo de implantação de seis anos, de acordo c om o senador, que tenta viabilizar recursos da União para a implantação do prejeto.
Inicialmente, o Ipeam (Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia) será um centro de pós-graduação, mestrado e doutorado, com desenvolvimento de pesquisas que poderão ser aplicadas tanto no ambiente militar quanto civil. As quatro áreas escolhidas para serem estudadas em profundidade estão revolucionando o conhecimento no mundo: inteligência artificial, tecnologias quânticas, transição energética e biotecnologias.
O instituto também poderá contribuir para elevar o nível de qualidade do ensino médio no Amazonas, a partir da qualificação dos professores. “Haverá uma assessoria e assistência do IME na região de Itacoatiara para professores do 2º grau [atual ensino médio] a fim de ampliar o conhecimento de matemática. Além disso, iremos desenvolver pesquisas focadas em apresentar resultados que impactam na vida dos amazônidas. Vamos trazer capacitação de recursos humanos, preparando essas pessoas para assumir empregos que exijam alto conhecimento de tecnologia”, destacou o comandante Costa Neves.
O general Galdino, que é reitor do IME, estima que será possível capacitar profissionais tão logo iniciem as operações. “Desde o primeiro ano da implantação, já teremos resultados deste projeto. Como a gente está vislumbrando, no mínimo, 25, 30 pesquisadores, sendo que cada um é responsável por 3 ou 4 orientandos, nós estamos falando de 100 a 150 vagas por ano”, afirmou Galdino.
Custos
Somente para a operacionalização das linhas de pesquisas e dos projetos estruturantes está previsto o custo de R$ 120 milhões. A sede com área de 5 mil m² ainda não foi orçada porque ainda será definido se será instalada num imóvel já existente, que deverá ser adequado para a finalidade ou se será erguida do zero, em terreno a ser adquirido por meio de doação de ente público.
Os militares, embora ainda não tenham conseguido os recursos para concretizar o projeto, estão confiantes no sucesso, por isso buscaram o apoio do senador para a implantação do Ipeam.
“A gente tem ouvido manifestação de várias entidades, de autoridades que querem ajudar. Mas efetivamente ainda não fechamos parcerias. Temos muita esperança nesta articulação que o senador Eduardo Braga vai fazer. Hoje, ele tomou conhecimento do projeto de forma detalhada. Ele gostou do projeto e nossa esperança é de que ele bote pra frente, permitindo a gente realizar este sonho”, declarou o general Galdino.
O senador Eduardo Braga irá analisar os trâmites para efetivar a destinação de emenda, em 2026, para a implantação do instituto. Paralelo a isso, em Brasília, irá articular reuniões de apresentação do projeto a fim de acelerar a legalização e obtenção de orçamento.
“Este instituto nasce alinhado com as demandas de mercado. Assim os profissionais capacitados pelo Ipeam poderão atuar na indústria 4.0 e em tantos outros setores que carecem de mão de obra especializada. Por isso, vamos lutar pela sua plena operacionalização”, finalizou o senador Eduardo Braga.