Do ATUAL
MANAUS – Seis policiais militares do Amazonas, réus por chacina de três jovens, foram condenados pelo Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri nesta quinta-feira (4). Cinco dos PMs foram condenados a 40 anos de prisão e um a 27 anos. O sétimo réu, Isaac Loureiro da Silva, foi inocentado.
Os jovens desapareceram em 2016 após uma abordagem policial na Comunidade Grande Vitória, zona leste de Manaus.
Os jurados consideraram culpados José Fabiano Alves da Silva, Edson Ribeiro da Costa, Ronaldo Cortez da Costa, Eldeson Alves de Moura, Cleydson Enéas Dantas e Denilson de Lima Corrêa pelo triplo homicídio qualificado praticado contra as vítimas Alex Júlio Roque de Melo, Rita de Cássia da Silva, Weverton Marinho Gonçalves.
Entre os seis condenados, Gleydson Enéas Dantas foi o que recebeu a menor pena: 27 anos de prisão. Para os demais réus a pena aplicada foi de 40 anos de prisão. Um oitavo acusado, o PM Luiz da Silva Ramos, teve extinta a punibilidade em razão de sua morte em 2023.
O crime ficou conhecido como “Caso Grande Vitória” e o julgamento começou na segunda-feira (1º).
O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu no dia 29 de outubro de 2016 quando os policiais abordaram os jovens. Eles foram levados e nunca mais vistos.
O processo começou a tramitar no dia 7 de novembro de 2016 e, em 7 de fevereiro de 2017, após a conclusão da fase de Inquérito Policial, o Ministério Público ofereceu a denúncia. Em 24 de setembro de 2019, após a etapa de instrução, o Juízo da 3ª Vara do Tribunal do Júri publicou a sentença de pronúncia determinando que todos os réus fossem a julgamento popular, seguindo os termos da denúncia apresentada pelo MPAM.
Após a fase de recurso contra a decisão de pronúncia, o processo foi pautado para ser julgado em 6 de novembro de 2023, mas o júri foi adiado a pedido do Ministério Público e da defesa de um dos réus. O júri voltou à pauta em 29 de janeiro deste ano, mas foi adiado novamente para 1º de abril a pedido do Ministério Público.