Do ATUAL
MANAUS – O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), voltou a cobrar, nesta quarta-feira, esclarecimentos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Amazonas sobre as obras de recuperação dos trechos da BR-319 que foram impactados pelo desabamento de duas pontes, uma sobre o rio Autaz Mirim e outra sobre o rio Curuçá, no ano passado.
De acordo com Cidade, a Assembleia já enviou convites duas vezes ao superintendente estadual do DNIT, Luciano Moreira de Souza Filho, mas o Poder Legislativo foi ignorado.
“O superintende do DNIT foi convidado a prestar esclarecimentos na Assembleia do Estado por duas vezes, mas não compareceu e nem enviou representante para prestar contas sobre os contratos de recuperação da rodovia e sobre os prazos de execução das obras”, reclamou o presidente.
Cidade afirmou que, por se tratar de um tema sensível, é lamentável que seja tratado dessa forma pelo órgão competente. “Reforçamos o convite para que o DNIT venha à Assembleia explicar o que está acontecendo com os contratos e com as obras. O DNIT precisa respeitar o Poder Legislativo e, acima de tudo, a população do Amazonas, que está sofrendo”, afirmou.
O DNIT é o órgão responsável pela manutenção das rodovias federais em todo o país. No ano passado, assinou contrato no valor de R$ 24.855.138,97, com dispensa de licitação, para a realização dos serviços para construção da ponte sobre o rio Curuçá.
O contrato prevê a demolição das estruturas, remoção do entulho e construção de novas obras. Conforme a publicação oficial do contrato assinado pelo superintendente do DNIT-AM, Luciano Moreira, a finalidade é “a contratação de serviços emergenciais para a reconstrução da Ponte sobre o rio Curuçá”.
Representantes dos municípios diretamente impactados pelos desabamentos das pontes, como Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Nova Olinda do Norte e Manaquiri, estiveram na Assembleia Legislativa em busca de apoio para que o problema da rodovia seja sanado.
De acordo com esses representantes, em 30 dias, pelo menos 120 mil pessoas circulam pela BR-319, a principal ligação com a capital, Manaus.
“Temos que fazer uma audiência pública, fiscalizar os contratos e cobrar agilidade na execução das obras. Temos que nos mobilizar para tentar solucionar esse problema que, sabemos que não será resolvido do dia pra noite, mas que se tiver uma empresa de qualidade e comprometida irá realizar os trabalhos necessários em um tempo razoável”, reforçou Cidade.
A ponte sobre o rio Curuçá, localizada no quilômetro 23, da BR-319, no município do Careiro da Várzea, desabou no dia 28 de setembro de 2022, deixando quatro mortos e outras 14 pessoas feridas. Logo depois, no dia 8 de outubro, a ponte Rio Autaz Mirim, no quilômetro 25, também cedeu, mas sem feridos.