Da Redação
MANAUS – A aprovação de processo para investigar denúncia de apropriação indébita pela CMI (Câmara Municipal de Iranduba) não preocupa o prefeito do município (a 27 quilômetros de Manaus), Francisco Gomes da Silva (DEM) – o Chico Doido. Ele disse que está tranquilo e vai apresentar defesa sobre desvio de recursos previdenciários.
Chico Doido disse que, se tiver algo errado, a verdade virá à tona. “Eu tô na maior tranquilidade possível. Eeu não roubei. Esse problema previdenciário é algo que o país todo vem passando”, disse o prefeito.
Chico Doido disse que parcelou uma dívida previdenciária de R$ 32 milhões da gestão passada e ainda está pagando. “Por conta da crise econômica que o país vem passado, perdemos arrecadação e não tive como pagar às dívidas previdenciárias da ex-gestão e me compliquei com os pagamentos da minha gestão”, afirmou.
O prefeito disse que o parcelamento, por ter sido acertado na Justiça, não pode deixar de pagar e as dívidas atuais foram se acumulando o que pode configurar crime de responsabilidade fiscal. “Essa é uma briga política, mas os vereadores têm que entender se tem ou não orçamento para pagar a dívida”, disse o prefeito.
Na sessão da CMI na manhã desta sexta-feira, três vereadores votaram contra a denúncia envolvendo Chico Doido. Foram os votos de Pedro Paulo (Pros), Luiz Carlos (PT) e professor Edson (PSB). O vereador Jackson Marinho (PMN) se absteve e outros sete votaram pela investigação: Nedy Vale (PP), Gleice Alves (PR), Larissa Gomes(PSDB), Josué Lomas (PRB), Kelison Dieb (MDP), Reginaldo Santos (PV) e George Reis (PV). O vereador José Augusto entrou de licença média e o presidente da Casa, Alessandro Karbajal (Podemos), só votaria em caso de empate.
Prazo
Os parlamentares têm 90 dias para apresentarem um relatório final e propostas de medidas contra o prefeito. Cabe pedido de afastamento do cargo por prazo determinado até que se encerre o processo de investigação. Caso sejam comprovadas as irregularidades, os parlamentares poderão apresentar o pedido de cassação do mandato de Chico Doido.