CHAPECÓ – O longo processo da Chapecoense para recompor o elenco não deve se encerrar antes da estreia na próxima temporada. A diretoria pretende avançar aos poucos nas contratações e continuar a observar possíveis oportunidades já com os campeonatos regionais de 2017 em andamento para poder chegar no início do Campeonato Brasileiro em condições de se manter na elite.
Depois do Ano Novo, o elenco começa a pré-temporada com uma base que será complementada pouco a pouco nos meses seguintes. O clube admite cautela para não se precipitar e considerar o pacote de reforços como suficiente para competir em igualdade com outros elencos em 2017.
De acordo com o novo diretor de futebol, João Carlos Maringá, a reconstrução do elenco irá além das contratações desta janela de transferências do fim de ano. “Queremos começar o Estadual com menos jogadores. A ideia é deixar alguns atletas para contratarmos durante os campeonatos regionais. Vamos observar o Paulista. Nós não podemos queimar todas as nossas fichas agora, tudo de uma vez”, explicou o dirigente à reportagem.
O clube perdeu 19 jogadores no acidente aéreo da delegação, na Colômbia, no dia 28 de novembro. O presidente em exercício, Ivan Tozzo, admite a busca por 25 atletas para o começo da temporada, em janeiro, quando a Chapecoense vai disputar a Primeira Liga. A diretoria já fechou com o zagueiro Douglas Grolli, ex-Cruzeiro, e quer apresentar mais reforços antes das festividades de fim de ano.
“É um trabalho difícil. Às vezes você quer contratar um goleiro, aí você espera a resposta, porque acha que vai dar certo, mas no fim não evolui a negociação. Isso atrapalha, faz a gente perder tempo. Estamos ansiosos para conseguir logo trazer mais jogadores”, afirmou Maringá. “Teve casos em que nossa primeira opção não deu certo, nem a segunda. É preciso ter várias opções na manga”, completou.
Nesta semana o clube vai passar por uma outra mudança na diretoria. Na sexta-feira haverá eleição para definir o novo presidente. O candidato único é Plínio de Nês, o Maninho, atual presidente do Conselho Deliberativo. O presidente em exercício Ivan Tozzo recusou continuar no cargo para poder cuidar de compromissos pessoais e voltará a ser vice, cargo que ocupava antes da morte de Sandro Pallaoro no acidente aéreo com a delegação do clube.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)