Da Redação
MANAUS – O valor da cesta básica em Manaus aumentou 2,10% em outubro, em relação a setembro deste ano, ficando em R$ 409,88, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse valor corresponde a 50,63% do salário mínimo. O acumulado no ano foi de 11,44%. Para adquirir os 12 produtos da cesta, o trabalhador teve que trabalhar 102 horas e 28 minutos no mês passado.
Feijão, leite, café, tomate e arroz puxaram a alta na capital, que só não foi maior devido à queda nos preços da carne bovina e da farinha. A carne aumentou em 21 cidades e os índices variaram entre 0,29%, em Macapá, e 6,67%, em Curitiba. As quedas mais expressivas foram anotadas em Brasília (-1,27%) e Manaus (-1,23%). Também em Manaus caiu o preço da farinha (-0,39%). Os demais produtos tiveram os seguintes aumentos em Manaus: leite (1,79%), feijão (9,45%), arroz (2,35%), tomate (4,61%), café (3,65%), açúcar (5,74%), óleo (7,08%) e manteiga (3,08%). Banana, batata e pão não tiveram aumento.
No caso da carne, a menor oferta de animais para abate e o aumento no ritmo de exportação diminuíram a disponibilidade interna, o que provocou alta dos preços, avaliou o Dieese. Outro item, o café, teve as maiores variações em Manaus (3,65%) e Porto legre (0,63%).
Das 27 capitais onde se realiza a pesquisa, houve queda do preço do feijão em 21. O do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, diminuiu em 18 cidades e as variações oscilaram entre -1,14%, em Rio Branco, e -10,77%, em Brasília. A alta em Manaus (9,45%) foi uma das maiores do país. Em Macapá o aumento foi de 0,68%, Boa Vista (0,54%) e Maceió (0,50%).
Queda
Em 14 das 27 capitais o preço da cesta foi menor em outubro. Entre as cidades que tiveram quedas mais expressivas estão Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%). Houve alta em 13 capitais, sendo Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%) e Manaus. De acordo com a pesquisa, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66).
Entre janeiro e outubro deste ano, todas as cidades acumularam alta, sendo as mais relevantes em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%), Rio Branco (21,99%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%). Entre os tipos de alimento, houve alta no preço da carne bovina de primeira, da manteiga, do açúcar, do tomate e do café em pó. O feijão e o leite tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades.
Segundo o estudo, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ser R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o mínimo vigente de R$ 880. Em setembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.013,08.
(Com Agência Brasil)