MANAUS – Cerca de duzentas famílias invasoras foram retiradas de um terreno ocupado ilegalmente, na manhã desta terça-feira, 24, durante reintegração de posse na área de proteção ambiental conhecida popularmente como Cidade das Luzes, no Tarumã, zona norte. Participaram da ação mais de 400 policiais militares, oito tratores, helicóptero e um atirador de elite.
O terreno, de propriedade de Hélio Carlos de Carli, foi desocupado pela segunda vez em quatro anos. A primeira desocupação ocorreu em 2011, quando área era recebeu o nome de invasão José de Alencar. Um projeto arquitetônico, de autoria da Semmas (Secretaria Municipal deMeio Ambiente), foi criado para transformar o terreno em um parque municipal para estudos ambientais.
Antes do cumprimento da reintegração de posse, uma determinação judicial foi expedida para a captura de foragidos que estavam vivendo na invasão, evitando assim possíveis confrontos com a polícia.
O comandante do CP (Policiamento Especializado), Cleitman Rabelo, que coordenou a ação de reintegração, informou que as Secretarias de Assistência Social do Estado e do município tiveram uma hora antes do início da ação para cadastrar famílias interessadas em receberam benefícios assistenciais após deixarem a ocupação. “Nosso objetivo é o diálogo para resolver os interesses do Estado e dos moradores”.
No início, parte dos moradores apresentou resistência em deixar o local, ateando fogo na vegetação e fazendo uma barricada na entrada do terreno. Um morador chegou a passar mal, mas não foi socorrido logo em seguida. Um cachorro esquecido em um casebre teve as patas quebradas quando o trator destruiu o local. Durante a manhã, a ação foi paralisada após a chegada de membros da Defensoria Pública do Estado.
Primeira ocupação
Em 2012, Agnaldo Pereira Gonçalves e Vitor José Paulino, foram condenados ao regime fechado, por serem autores indiretos de reserva de lotes de terras da invasão ‘José de Alencar’, em desacordo com a lei e sem registro imobiliário e haviam sido presos durante a fase de instrução penal. Ambos acusados ocupavam cargos públicos na Secretaria de Política Fundiária do Amazonas e eram ligados a movimentos sociais.