Da Redação
MANAUS – De acordo com o Governo do Amazonas, implantação do Distrito Bioagroindustrial de Rio Preto da Eva (Darpe) para expansão econômica no interior do Amazonas tem estimativa inicial de R$ 150 milhões em investimentos e deve gerar 10 mil empregos diretos no município (a 60 quilômetros de Manaus).
Em reunião nesta terça-feira, 28, na sede do governo, o governador Wilson Lima discutiu com representantes da prefeitura do município, Suframa, setor privado e secretarias envolvidas o projeto arquitetônico elaborado pela Ciama (Companhia de Desenvolvimento do Amazonas) para o polo de microempresas rurais, exploração mineral e de turismo e um centro de qualificação pessoal.
Incluído no Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) para o período 2020-2023, o Darpe é uma ação intergovernamental entre o município de Rio Preto da Eva, Governo do Estado e Governo Federal, e contempla uma área delimitada na qual devem operar 50 agroindústrias, envolvendo 5 mil famílias de agricultores locais.
“O projeto já está no Ministério do Desenvolvimento Regional e na próxima reunião vamos avaliar o que a gente conseguiu avançar, com passos importantes para que efetivamente haja a implantação desse Distrito, que é um sonho daquela região e que também faz parte do planejamento do Estado, que visa transformar a AM-010 (Manaus-Itacoatiara) em um corredor de desenvolvimento econômico”, disse Wilson Lima.
A próxima reunião de trabalho está marcada para acontecer no dia 15 de fevereiro.
Projeto
O projeto arquitetônico elaborado pela Ciama prevê a estrutura organizacional do Distrito Bioagroindustrial de Rio Preto da Eva.
“É uma concepção arquitetônica com o prédio principal, que é o complexo Darpe, com as informações do que pode ter, como a parte administrativa, sala de aula, coworking, lanchonetes, restaurantes, auditório, laboratório, tudo que esse complexo industrial pode precisar, além de ter uma torre de observação de 40 metros da floresta e um memorial”, disse Aloisio Barbosa, presidente da Ciama.
Microempresas
Rio Preto da Eva já tem instalada pequenas agroindústrias de processamento de polpa de frutas, de farinha de tapioca, fábricas de doces, tempero caseiro, charque e de rações.
De acordo com o governo estadual, os estudos da prefeitura apontam para negócios potenciais nos segmentos de processamento de açaí, banana, coco, mandioca, pescado, indústria de cerâmica, biojoias e mineração. O turismo, pela proximidade com a capital, é outro setor a ser explorado.
Cerca de 58% do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), uma das zonas de incentivos fiscais administradas pela autarquia, tem área de abrangência em Rio Preto da Eva, segundo informações do órgão.