
Da Redação
MANAUS – Árvores no lugar de túmulos. Essa é a proposta do BioParque, novo conceito de cemitério inaugurado em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Iniciativa é das empresas Primaveras, de São Paulo; Grupo Parque, de Alagoas, e a Prevenir, de Minas Gerais, que se uniram à Seven Capital para criar o empreendimento. A proposta é unir a ressignificação da morte à consciência ecológica, ao transformar cemitérios em bosques, em que as lembranças são cultivadas em sintonia com a preservação do meio ambiente.
O BioParque propõe transformar as cinzas do ente querido em parte de um substrato preparado para o plantio de árvores a serem escolhidas por quem presta a homenagem.
Após escolher uma entre várias espécies típicas regionais, em cerimônias especiais, as famílias realizam o plantio de sementes em BioUrnas, isto é, em urnas ecológicas patenteadas pelo BioParque e desenvolvidas na Espanha por designers catalães. Essas urnas são monitoradas de 12 a 24 meses por uma equipe de especialistas no IncubCenter, uma espécie de viveiro tecnológico. Após esse período, uma nova cerimônia é agendada para o plantio definitivo da árvore no solo do parque.
Todas as árvores são identificadas por um QRcode e o seu crescimento pode ser acompanhado por uma plataforma exclusiva desenvolvida pelas empresas. Ela possibilita, ainda, a inserção de imagens, textos e áudios, para que cada família (re)construa, de forma personalizada, a história de seu homenageado.
Para quem desejar adquirir mais de uma árvore, o BioParque oferece possibilidades diferenciadas, como a criação de jardins e bosques. As empresas investiram R$ 150 milhões e o lançamento ocorreu em agosto de 2019. O grupo espera alcançar em 2020, um faturamento de aproximadamente R$ 220 milhões.
A BioParque não informou quanto cobra por cada “sepultamento”.