Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O chefe de cartório da 51ª Zona Eleitoral, Jhonnee Pereira Silva, afirmou, em nota enviada a reportagem do ATUAL, que não houve denúncia de fraude no resultado final da eleição de domingo, 15, no município de Presidente Figueiredo (a 119 quilômetros de Manaus). Segundo ele, erros identificados em duas urnas foram corrigidos antes da votação.
Silva respondeu a acusação do candidato a vereador Antônio Mesquita (Solidariedade) de que votos de apoiadores dele não foram computados nas urnas eletrônicas. Na noite de terça-feira, 17, um grupo promoveu protesto em frente ao cartório do município pedindo “Justiça”.
“Informo que, a despeito da manifestação de alguns populares inconformados com o resultado da totalização final, não foi formalizada nenhuma denúncia de suposta fraude, neste Juízo Eleitoral, até a presente data”, disse Silva.
De acordo com o cartório eleitoral, houve ocorrências de erro em duas urnas eletrônicas, mas relacionadas a um componente de hardware (equipamentos físicos). O módulo impressor da urnas das seções 99 e 63 precisou ser substituído, pois cortou a zerésima – relatório com a identificação da máquina emitido antes de iniciar a votação – antes da emissão total. Segundo Silva, as máquinas foram religadas e o relatório foi impresso normalmente.
O resultado da eleição no município não convenceu o candidato a vereador Antônio Mesquita, que teve apenas um voto nas urnas. Segundo ele, votos de diversos eleitores não foram registrados, incluindo o da mãe dele. Mesquita alegou “fraude” e defendeu novas eleições no município.
“Na minha chapa como vereador Antônio Mesquita eu tinha muitos votos. Até minha mãe votou em mim. Eu só peguei o meu voto. Para onde foi o da minha mãe? Eu quero explicações. Nós vamos reivindicar. Se preciso ir pra Brasília, nós vamos. Nós não vamos aceitar esse resultado fraudulento das urnas”, afirmou Mesquita.
Em entrevista ao ATUAL, Mesquita contestou o número de votos que ele recebeu nas urnas. “Eu estou aqui com dez pessoas que votaram em mim e elas estão querendo saber onde está o voto delas porque só apareceu na urna o meu voto. Elas contam que na hora de votar não aparecia foto, quando colocavam o meu número aparecia outro candidato”, disse Mesquita.
Ao defender a anulação do resultado da eleição deste domingo e a realização de novo pleito, o candidato citou “vírus”. “Infelizmente, houve fraude. Não tem para onde correr. (…) Muita gente chega comigo e conta que houve vírus. A desculpa que eles estão dando para a população é que houve vírus nas urnas eletrônicas. Mais um motivo para cancelar essa eleição”, afirmou.
No protesto realizado na noite de terça-feira, 17, em frente ao cartório eleitoral, apoiadores gritavam palavras de ordem como “justiça” e “novas eleições”. Eles também seguravam cartazes com os dizeres “Chega de fraude nas urnas. Queremos novas eleições. Exigimos” e “Queremos justiça por Presidente Figueiredo”.